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Receita e PF deflagram operação contra importação ilegal pelo Paraguai

Organização criminosa alvo da Receita e da PF estaria adquirindo produtos em cidades paraguaias e revendendo em SP, RJ, RS, GO e DF

atualizado

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Divulgação/Receita Federal
Carros da Receita Federal parados em frente a concessionária de veículos de luxo - Metrópoles
1 de 1 Carros da Receita Federal parados em frente a concessionária de veículos de luxo - Metrópoles - Foto: Divulgação/Receita Federal

A Receita Federal e a Polícia Federal (PF) deflagraram, na manhã desta quinta-feira (6/6), a Operação Anemia, para desarticular organização criminosa responsável por importação ilegal de grandes quantidades de mercadorias de origem estrangeira compradas no Paraguai.

O grupo estaria adquirindo os produtos em cidades paraguaias que fazem fronteira com o Sul do Brasil, e, em seguida, atendia clientes dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás e Distrito Federal. Nesses locais, há grandes comércios populares e lojas de produtos eletrônicos que são revendidos à população brasileira.

Ao longo das investigações, também foram encontrados indícios de lavagem de dinheiro e identificadas contas bancárias relacionadas aos investigados, as quais acolheram valores originados de pessoas que possuíam antecedentes criminais relacionados à prática de crimes de contrabando, descaminho e lavagem de dinheiro.

Segundo a apuração, com o desenvolvimento de suas atividades, o grupo passou a adquirir produtos diretamente de fornecedores nos Estados Unidos (EUA), China e Hong Kong.

Assim, as cidades paraguaias da região da fronteira passaram a servir apenas como entreposto físico das mercadorias, recebidas por meio de serviços de courier internacional.

Uso de criptomoedas

Para fazer os pagamentos aos fornecedores localizados nesses países, a organização criminosa teria estruturado uma complexa rede de empresas nacionais e no exterior (offshore) que, mediante utilização de criptomoedas, faziam a evasão de divisas e a lavagem do dinheiro.

Apenas em uma das empresas, constituída em nome de uma funcionária, foram movimentados, aproximadamente, R$ 700 milhões sem o correspondente faturamento declarado.

A organização criminosa utilizou, ainda, empresas de fachada, que registraram receitas fictícias, sem amparo em documentos de vendas ou de serviços, para dissimular a origem ilícita dos recursos.

Números da operação da Receita e da PF

Foram cumpridos, ao todo, 53 mandados de busca em endereços ligados aos investigados, além de sete prisões preventivas em cidades dos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás.

A operação contou com a participação de aproximadamente 220 policiais federais e 34 auditores-fiscais e analistas tributários.

As ordens judiciais foram expedidas pela 9ª Vara Federal de Curitiba. Elas preveem o sequestro, bloqueio e apreensão de bens imóveis, veículos, dinheiro em espécie, obras de arte, joias, criptoativos e outros itens de luxo ou de alto valor encontrados.

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