Os dados são referentes ao cenário estimulado, quando os nomes dos candidatos são apresentados como opções. No último levantamento, de 11 de julho, o petista tinha 34% contra 20% do ex-ministro Tarcísio e 16% de Garcia.
Também pontuaram Vinícius Poit (Novo), com 2%, e Elvis Cezar (PDT), com 1%. Os demais candidatos não atingiram 1%. Do total, 13% afirmaram que votariam branco ou nulo e 11% não souberam ou não responderam.
Em relação ao cenário espontâneo — quando as opções não são apresentadas ao eleitor —, Haddad marcou 12%, seguido de Tarcísio (10%) e Garcia (7%).
Márcio França teve 1% de intenção de votos e os outros candidatos somaram, juntos, 2%. Nesse cenário, brancos e nulos foram 20% e 48% não souberam ou não responderam.
A pesquisa foi feita entre 1º e 2 de agosto, pela RealTime Big Data. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o número SP-06273/2022. Foram ouvidos 2 mil eleitores de São Paulo, por telefone.
De acordo com a instituição, a margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
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Em época de eleição, as pesquisas eleitorais são, quase sempre, termômetros importantes para acompanhar o cenário político. No entanto, não é raro observar resultados divergentes entre pesquisas que foram realizadas durante o mesmo período. Isso, na verdade, não aponta erro, mas explica como certas metodologias adotadas por empresas podem influenciar resultados
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Quando não se entende como os estudos são feitos, é comum achar que institutos podem estar tentando manipular resultados. Afinal, por qual motivo as pesquisas eleitorais são tão diferentes e erram tanto, não é mesmo? A resposta é simples: dependendo do local, da escolha de abordagem e até do momento em que as pesquisas são feitas, os resultados podem divergir
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As pesquisas eleitorais são um retrato do momento que os dados foram coletados. Elas não funcionam em tempo real. Por exemplo, se a intenção de voto para um candidato A é alta, mas no dia seguinte as coisas mudam pois ele se envolveu em polêmicas, a pesquisa estará desatualizada e não corresponderá mais à intenção do público
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A metodologia utilizada também pode ser uma variante. As perguntas feitas pelas empresas e até mesmo a abordagem utilizada influenciam na resposta do público
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Por exemplo, levemos em consideração que a empresa B escolheu realizar a pesquisa eleitoral entregando uma lista com nome dos candidatos para que a pessoa possa circular. A empresa C optou por abordar verbalmente pessoas na rua para descobrir a intenção de voto delas. A chance da empresa A conseguir mais participantes na pesquisa é superior às chances da empresa C, e isso já influencia no resultado de uma para a outra
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Além disso, apresentar estímulos que podem afetar a resposta do eleitor, fazer a entrevista pessoalmente, por e-mail ou por telefone e até a ordem das palavras pode desestimular ou estimular a participação. Levando em consideração que várias empresas realizam enquetes, obviamente os resultados serão conflitantes
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O local onde as pesquisas são feitas também pode fazer diferença. Geralmente, áreas onde a renda dos habitantes é baixa, determinados partidos tendem a ganhar, assim como locais onde a renda dos habitantes é mais alta, a preferência por outro determinado partido é nítida. Se um instituto conseguir entrevistar mais pessoas em um local e não no outro, o resultado também será influenciado
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Ou seja, em termos práticos, as empresas, muitas vezes, não estão erradas. As diferenças metodológicas das pesquisas é que definem o resultado
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Apesar de o que possa parecer, as diferenças entre as pesquisas não são mal vistas. Elas, na verdade, ajudam os institutos a compararem os resultados e melhorarem a abordagem para obter resultados mais exatos no futuro
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Outros cenários
Na pesquisa estimulada com apenas os votos válidos, ou seja, sem brancos, nulos e os que não sabem em quem votar, Haddad sobe para 43%. O ex-ministro Tarcísio tem 26%, enquanto Garcia marca 25%. Nesse cenário, Poit pontua 3% e Elvis Cezar, 2%.
Na estimulada com os três melhores posicionados, o petista tem 34%, Tarcísio, 22% e Rodrigo Garcia, 20%.
O levantamento também mediu as intenções de voto para o segundo turno. Em um possível embate entre Haddad e Tarcísio, o petista somou 39%, contra 29% do ex-ministro. Em um segundo turno contra Rodrigo Garcia, o petista tem 37% ante 29% do tucano. Já no terceiro cenário, sem Haddad, Garcia pontua 30% e Tarcísio, 29%.
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