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Raquel Dodge quer “decisões rápidas” sobre tragédia em Brumadinho

Em rápida entrevista à imprensa, Dodge destacou que a tragédia de Brumadinho não pode ter o mesmo desfecho jurídico de Mariana

atualizado

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1 de 1 raquel dodge - Foto: Michel Melo/Metrópoles

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse na tarde deste sábado (26/1) que uma força-tarefa será montada para que “a tomada de decisões seja mais rápida do que Mariana”. Em rápida entrevista à imprensa, Dodge destacou que a tragédia de Brumadinho (MG) não pode ter o mesmo desfecho jurídico de Mariana, que há pouco mais de três anos foi arrasada após uma barragem da empresa Samarco se romper.

“Vamos estabelecer um protocolo de atuação e garantir que as coisas aconteçam mais rapidamente”, disse a procuradora.  Segundo ela, que esteve em Brumadinho e conversou com algumas famílias atingidas, os MPs de Minas Gerais, do Trabalho e Federal vão atuar conjuntamente a fim de responsabilizar que todos culpados sejam responsabilizados num prazo razoável.

Na tarde deste sábado (26/1), a Polícia Federal confirmou a abertura de inquérito para investigar as causas da ruptura da bacia. A corporação apura crimes ambientais e contra a vida com objetivo de apontar a autoria dos responsáveis pelo desastre.

De acordo com a PF, serão realizados interrogatórios, buscas por documentos e diligências para investigar a materialidade da ruptura da bacia que resultou no desaparecimento de 296 pessoas. Dessas, segundo os Bombeiros, 46 foram localizadas e 11 encontradas sem vida.

Ainda de acordo com o levantamento, 86 famílias da comunidade de Brumadinho estão cadastradas no banco de contatos do governo, em busca de parentes.

A Vale atualizou na manhã deste sábado a lista de funcionários sem contato, no site da empresa. O número estava em 412. Além do documento, a empresa disponibilizou um telefone para que as pessoas possam ligar e se identificar, caso estejam fora de perigo, mas seus nomes estejam na relação: 0800 821 500.

Em paralelo, a Polícia Civil de Minas Gerais abriu inquérito a fim de investigar e identificar os autores dos danos contra as vítimas e contra o meio ambiente. O caso está sob a responsabilidade do delegado Luiz Otávio, da Delegacia de Meio Ambiente.

De acordo com o comandante da corporação, coronel Leão, as buscas por vítimas estão concentradas em quatro pontos: um ônibus de funcionários encontrado soterrado, uma locomotiva, um prédio e a comunidade Parque da Cachoeira.

Gui Prímola/Metrópoles

A Organização das Nações Unidas (ONU) lamentou a tragédia com o rompimento da barragem da mineradora Vale, na cidade de Brumadinho (MG). Em nota, a instituição afirmou que as “perdas de vidas e os significativos danos ao meio ambiente e assentamentos humanos são incomensuráveis”.

O texto também diz que a ONU está à disposição para apoiar as ações das autoridades brasileiras na rápida remoção das vítimas e no estabelecimento de condições dignas aos eventuais desabrigados e à população atingida.

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O mar de lama que destruiu a região localizada há 68km de Belo Horizonte
Este desastre ambiental é menor que o do rompimento da barragem de Mariana, há três anos
Mas a tragédia humana é maior, centenas de pessoas estão desaparecidas
Moradores da região precisaram deixar suas casas
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A cidade de Brumadinho foi devastada pelo rompimento de uma barragem da Mina Córrego do Feijão

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O mar de lama que destruiu a região localizada há 68km de Belo Horizonte

FERNANDO MORENO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Este desastre ambiental é menor que o do rompimento da barragem de Mariana, há três anos

FERNANDO MORENO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Mas a tragédia humana é maior, centenas de pessoas estão desaparecidas

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Moradores da região precisaram deixar suas casas

FáBIO BARROS/AGÊNCIA F8/ESTADÃO CONTEÚDO
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MOISéS SILVA/O TEMPO/ESTADÃO CONTEÚDO
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UARLEN VALéRIO/O TEMPO/ESTADÃO CONTEÚDO
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RODNEY COSTA/ELEVEN/ESTADÃO CONTEÚDO
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CHRISTYAM DE LIMA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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FERNANDO MORENO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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UARLEN VALéRIO/O TEMPO/ESTADÃO CONTEÚDO
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UARLEN VALéRIO/O TEMPO/ESTADÃO CONTEÚDO
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MOISÉS SILVA/O TEMPO/ESTADÃO CONTEÚDO
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REPDOUÇÃO/CORPO DE BOMBEIROS
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MOISéS SILVA/O TEMPO/ESTADÃO CONTEÚDO

O Corpo de Bombeiros montou a operação nas proximidades de um campo de futebol. O local está sendo utilizado como área de avaliação e triagem de vítimas para atendimento médico. Quase 100 bombeiros foram deslocados para a região e o efetivo será dobrado neste sábado (26). Seis aeronaves da corporação estão envolvidas nos resgates.

Desastre
A barragem Mina Feijão, em Brumadinho (MG), rompeu-se por volta das 13h dessa sexta (25/1). O vazamento de lama fez com que uma outra barragem da Vale, ao lado, transbordasse. O restaurante da companhia no local foi soterrado e o prédio administrativo também foi atingido.

A lama se espalhou pela cidade e moradores precisaram deixar as casas. Equipes de bombeiros e da Defesa Civil foram mobilizadas para a área e estão em busca de vítimas. Tanto o governo federal quanto o local montaram gabinetes de crise e deslocaram autoridades para a região.

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), e o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), sobrevoaram a localidade da tragédia neste sábado (26). A Prefeitura Municipal de Brumadinho chegou a pedir, por meio das redes sociais, que a população da cidade mantenha distância do Rio Paraopeba, um dos principais afluentes do Rio São Francisco.

Veja imagens e a repercussão da tragédia nas redes sociais:

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