Ranking aponta 3 brasileiros entre 5 homens mais velhos do mundo

O brasileiro João Marinho Neto, de 112 anos, se tornou o homem mais velho do mundo segundo o ranking do LongeviQuest e o Guiness Book depois da morte do britânico John Tinniswood, também de 112 anos, na segunda-feira (25/11). Além de João, há outros dois brasileiros que ocupam a segunda e quinta posição dentre os homens mais velhos do mundo.

Outro nome que chama atenção dentre os mais velhos do mundo é o da brasileira Inah Canabarro Lucas, conhecida como Irmã Inah, que, com 116 anos, se tronou a segunda pessoa mais velha do mundo.

Inah Canabarro Lucas nasceu em São Francisco de Assis, Rio Grande do Sul, no dia 8 de junho de 1908. Embora ela tenha alegado ter nascido em 27 de maio de 1908, pesquisas descobriram que ela provavelmente nasceu 11 dias depois. Quando criança, ela era tão magra que muitas pessoas não achavam que ela sobreviveria à infância.

Ela estudou no internato Santa Teresa de Jesus, em Santana do Livramento (RS). Em 1928, mudou-se para Montevidéu, Uruguai, onde se tornou freira. Em 1930, voltou ao Brasil para dar aulas de português e matemática em uma escola na Tijuca, bairro do Rio de Janeiro. No início da década de 1940, voltou para Santana do Livramento, onde trabalhou como professora.

Em 25 de janeiro de 2021, aos 112 anos, ela recebeu sua primeira dose da vacina contra a Covid-19, tornando-a uma das pessoas mais velhas a receber a imunização. Em outubro de 2022, a freira contraiu Covid enquanto estava hospitalizada, mas conseguiu se recuperar da doença em novembro, tornando-se a sobrevivente mais velha da doença. Ela credita sua longevidade a Deus.

 

O ranking da LongeviQuest aponta que dentre os cinco homens mais velhos do mundo, três são brasileiros:

1. João Marinho Neto – 112 anos – brasileiro
2. Josino Levino Ferreira – 111 anos – brasileiro
3. Ken Weeks – 111 anos – australiano
4. Hilario Orozco Lemus – 111 anos – mexicano
5. Primo Olivieri – 110 anos – brasileiro

João Marinho Neto, de 112 anos (homem mais velho do mundo)

João Marinho Neto é o último homem nascido em 1912 ainda vivo. Ele nasceu em Maranguape, Ceará, no dia 5 de outubro, em uma família de fazendeiros.

Desde os quatro anos de idade, João ajudava seu pai na lavoura. Eles cuidavam do gado, colhiam frutas de árvores de juazeiro e chegaram a criar um gancho improvisado com os galhos para proteger os frutos.

O João se casou com Josefa Albano dos Santos (1920–1994), com quem teve quatro filhos: Antônio, José, Fátima e Vanda (falecida). Sua esposa herdou uma propriedade na Fazenda Massapê, onde João cultivava milho e feijão. Ele também criava gado, cabras, porcos e galinhas.

Após a morte da primeira esposa, João teve mais três filhos, Vinícius, Jarbas e Conceição, com Antonia Rodrigues Moura.

Segundo os filhos, “foi com muito trabalho que João construiu uma vida financeiramente estável, acumulando bens como terras e casas”.

João Marinho Neto tem seis filhos vivos, 22 netos, 15 bisnetos e três tataranetos.

Josino Levino Ferreira – 111 anos

Josino Levino Ferreira tem 111 anos e, atualmente, ocupa a posição de segundo homem mais velho do mundo. Ele nasceu na Paraíba no dia 3 de abril de 1913. Josino dedicou sua vida ao trabalho de fazendeiro.

Em 1941, ele casou-se com Ana da Conceição, com quem permanceu casado por quase 60 anos até a morte da esposa em 2001, aos 87 anos.

Josino Ferreira tem 3 filhos vivos, 11 netos, 18 bisnetos e 5 tataranetos.

Primo Olivieri – 110 anos

Primo Oliveiri é o terceiro homem mais velho do Brasil e o quinto homem mais velho do mundo, com 110 anos. Ele nasceu na cidade de São Paulo em 7 de março de 1914. Ao longo de sua vida, trabalhou na área da aviação, como mecânico de aeronaves e recebeu uma medalha de honra pelos serviços prestados a Força Aérea Brasileira (FAB).

Oliveiri realizou manutenção de aviões utilizados durante a Segunda Guerra Mundial e foi resposável pela supervisão e manutenção de todos os motores usados pela Viação Aérea São Paulo (VASP).

O idoso enfrenta problemas de audição desde que trabalhou na aviação. Primo Oliveiri não teve acesso a materiais de proteção auditiva, fator que contribuiu para causar danos em sua audição.

Atualmente, ele mora em Ibirá, São Paulo, Brasil.