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Randolfe: empresa que receberia pagamento pela Covaxin é de fachada

Endereço da Madison Biotech, localizado em Cingapura, já foi usado por 600 empresas de fachada. A companhia receberia US$ 45 milhões

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Vacina indiana Covaxin - Coronavirus - Covid19
1 de 1 Vacina indiana Covaxin - Coronavirus - Covid19 - Foto: Pallava Bagla/Corbis via Getty Images

A cúpula da CPI da Covid acredita que a Madison Biotech, que receberia US$ 45 milhões antecipadamente pela compra da Covaxin, seja uma empresa de fachada. O endereço oficial da companhia, localizado em Cingapura, já foi usado por cerca de 600 firmas de fachada, segundo o blog do vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

O senador afirmou que a CPI vai investigar a empresa. De acordo com o parlamentar, o foco é determinar quem são os sócios da Madison Biotech, com quem a companhia faz transações e por quem foi criada em fevereiro de 2020.

“Essa mesma empresa está envolvida em irregularidades no Paraguai na venda da mesma vacina”, escreveu o senador.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, afirmou, nessa quarta-feira (23/6), que, na realidade, a Madison Biotech seria um braço legal da Bharat Biotech, fabricante do imunizante. A CPI da Covid, no entanto, discorda dessa versão e acredita que, mesmo ligada à fabricante, a Madison Biotech é uma empresa de fachada usada para pagamentos irregulares.

“Por que não fazer o pagamento diretamente para a Bharat Biotech, por que usar uma empresa em Cingapura?”, questionou Randolfe.

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Vacina indiana Covaxin
Sessão da CPI da Covid-19
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Ele é um dos autores do requerimento que determinou a abertura da CPI

Edilson Rodrigues/Agência Senado
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Sessão da CPI da Covid-19

Rafaela Felicciano/Metrópoles

O senador também ressaltou que, na expectativa de assegurar o pagamento de um total de 20 milhões de doses da Covaxin, o governo já havia empenhado o valor integral em nome da Precisa.

A compra, até o momento, não foi finalizada porque, após atrasos, as vacinas ainda não foram entregues. O contrato, no entanto, é alvo de suspeitas, inclusive pela participação da Precisa, única empresa que intermediou contrato de vacina entre o Brasil e um fabricante.

O dono da Precisa, Francisco Maximiano, é o mesmo da Global Gestão em Saúde, investigada pelo Ministério Público Federal em Brasília por suspeita de improbidade administrativa na gestão do ex-ministro da Saúde Ricardo Barros (PP-PR).

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