Randolfe diz que governo Bolsonaro é “cemitério de obras paradas”
Senador é integrante do grupo de trabalho da transição de Desenvolvimento Regional e participou de análise da estrutura da pasta
atualizado
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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), integrante do grupo de trabalho da Transição de Desenvolvimento Regional, afirmou nesta quinta-feira (1º/12) que o governo de Jair Bolsonaro é um “cemitério de obras paradas”.
A declaração foi dada durante coletiva de imprensa, nesta tarde, na sede da equipe de transição do futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ex-governador Camilo Santana e o deputado distrital Leandro Grass (PV-DF) também participaram do evento e criticaram o funcionamento do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).
“O Brasil lamentavelmente não tem política de desenvolvimento regional”, disse Randolfe. E concluiu: “O ministério é um cemitério de obras paradas.”
Sobre as obras, de acordo com o senador, relatório elaborado pelo grupo mostrou que 80% delas estão em áreas de alto índice de desenvolvimento econômico e social, mostrando “desestruturação de políticas públicas”.
Randolfe também criticou a fusão do Ministério das Cidades e do Ministério da Integração que resultou no MDR. Segundo ele, foi uma “fusão mal planejada”, com um mau direcionamento dos recursos. A transição vai sugerir a separação das pastas, mas a sugestão ainda não foi apresentada ao presidente eleito.
“Encontramos uma ação pulverizada em emendas de relator sem destinação de recursos de obras estruturantes”, declarou Randolfe, que pontuou que 64% do total do orçamento do MDR foi voltado para o chamado orçamento secreto.
De acordo com o relatório apresentado pelo grupo, é necessário um total de R$ 5 bilhões para tocar as atividades do MDR em 2023, mas a previsão do orçamento é de apenas R$ 3 bilhões. “É necessário um redirecionamento ou iremos ter desastres”, concluiu o senador.