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Ramagem diz que promotora do caso Marielle era só currículo no sistema

O ex-diretor-geral da Abin comentou operação da PF na qual foi alvo nesta quinta-feira, suspeito de usar a agência politicamente

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ)
1 de 1 Deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Alvo da Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (25/1), o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) comentou as suspeitas de a agência ter monitorado ilegalmente a promotora do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) Simone Sibilio do Nascimento — ela havia sido encarregada das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol), no Rio.

As suspeitas são de que o monitoramento teria ocorrido entre 2018 e 2021, prazo que engloba o período de Ramagem no comando da Abin. Porém, em entrevista à Globo News, Ramagem afirmou que o sistema era acessado pelos servidores como um todo e que ficou surpreso com a informação dessa possível perseguição à promotora.

“Quando veio a mim a questão de Marielle fiquei: ‘Como é possível? Investigação de Marielle?’ Tem nada a ver com sistema. É um currículo da promotora que estava no sistema. Me parece que é uma informação que circulou por aí. A inteligência é uma coleta de informações. Se tem no sistema, é possível saber quem inseriu lá, quem acessou, tem de verificar”, explicou à emissora de TV.

O deputado federal foi alvo de uma operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (25/1). Policiais federais fizeram buscas no gabinete do parlamentar, na Câmara dos Deputados, e no apartamento funcional dele, em Brasília.

Além de Ramagem, também delegado da PF, a Operação Vigilância Aproximada investiga outros policiais federais suspeitos de integrar uma organização criminosa que se instalou na Abin com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, utilizando-se de um software espião chamado FirstMile.

Promotora

A Polícia Federal (PF) identificou que a promotora responsável pela investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes foi monitorada ilegalmente por agentes da Abin.

Os investigadores identificaram um resumo do currículo de Simone Sibilio ao analisar os materiais apreendidos. O arquivo com as informações sobre a promotora do caso Marielle estava com a mesma formatação dos relatórios apócrifos criados pela estrutura paralela da Abin.

“Em outra oportunidade, novamente, ficou patente a instrumentalização da Abin para monitoramento da promotora de Justiça do Rio de Janeiro e coordenadora da força-tarefa sobre os homicídios qualificados perpetrados em desfavor da vereadora Marielle Franco e do motorista que lhe acompanhava, Anderson Gomes”, diz documento que embasou a operação de busca e apreensão contra 21 alvos.

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