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Rachadinha: Ramagem diz que não interferiu em caso de Flávio Bolsonaro

Ramagem garante que “não há interferência ou influência em processo vinculado ao senador Flávio Bolsonaro”, sobre caso de rachadinha

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Alexandre Ramagem
1 de 1 Alexandre Ramagem - Foto: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) afirmou não ter influenciado em qualquer ação do caso da suposta “rachadinha” de Flávio Bolsonaro (PL-RJ). “Não há interferência ou influência em processo vinculado ao senador Flávio Bolsonaro.

A demanda se resolveu exclusivamente em instância judicial”, escreveu Ramagem, nesta sexta-feira (12/7). O parlamentar cita investigações do caso da “Abin paralela”.

Elementos da apuração da Polícia Federal mostram o exercício de agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL) em ações clandestinas direcionadas contra os auditores da Receita Federal responsáveis por investigação envolvendo o senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente.

Ramagem, porém, se defendeu alegando que não há qualquer interferência e criticou a operação.

“A PGR não foi favorável às prisões da operação, mas a Justiça desconsiderou a manifestação. Há menção de áudio que só reforça defesa do devido processo, apuração administrativa, providência prevista em lei para qualquer caso de desvio de conduta funcional”, continuou.

Suposto favorecimento

Os servidores do Fisco foram os responsáveis pela elaboração do relatório de inteligência fiscal (RIF) que deu origem à investigação que apurava o desvio de parte dos salários dos funcionários da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, o “caso das rachadinhas”.

O intuito, segundo as apurações, era “achar podres e relações políticas” dos servidores da Receita.

A premissa investigativa ainda é corroborada pelo áudio de uma hora e oito minutos, possivelmente gravado pelo delegado Alexandre Ramagem, no qual o então presidente Bolsonaro e provavelmente a advogada do senador Flávio tratam sobre as supostas irregularidades cometidas pelos auditores da Receita na confecção do relatório.

Em vídeo publicado na rede social X, antigo Twitter, o senador disse que o “grupo especial de Lula na Polícia Federal ataca novamente” e que ele foi vítima de criminosos que tiveram acesso a dados sigilosos.

A investigação policial indicou que a Receita Federal teria sido pressionada irregularmente devido a relatórios sobre movimentações do senador que indicariam a prática de “rachadinha” de salários de seus funcionários comissionados.

“Obviamente fui vítima de um crime cometido por pessoas de dentro da Receita Federal. Então eu pressionei formalmente junto à Receita para saber quem tinha feito isso, e sabe qual foi a resposta: indeferido, porque se tratava de informações sigilosas que eu só poderia ter acesso mediante decisão judicial”, disse Flávio.

Segundo o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, ele interpôs um habeas data para saber quem acessou os seus dados sigilosos. “A Receita Federal, no governo do presidente Jair Bolsonaro, me negou acesso. Então, se o presidente interferisse em alguma coisa, eu não precisaria entrar na Justiça. Você concorda?”, pontuou o senador.

“Veja só em quanta gente acessou indevidamente os meus dados. Parece que tinha uma força-tarefa do crime dentro da Receita contra mim. Agora eu não posso correr atrás dos meus direitos de vítima, que eu fui de criminosos de dentro da Receita Federal, que isso é usado contra mim”, reclamou o filho de Bolsonaro.

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