“Rachadinha”: MP denuncia mulher de Flávio Bolsonaro e filhas de Queiroz
O senador e filho do presidente foi apontado como líder da organização criminosa; o ex-assessor, como operador do esquema de corrupção
atualizado
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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou, além do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e de seu ex-assessor Fabrício Queiroz, mais 15 pessoas acusadas de participarem do pagamento de “rachadinhas” na Assembleia Legislativa fluminense (Alerj). Entre elas, estão a mulher do senador, Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro, e o chefe de gabinete dele, Miguel Ângelo Braga Grillo. A informação é de O Globo.
Parte da família do ex-assessor de Flávio também foi denunciada, como a esposa de Queiroz, Márcia Oliveira de Aguiar, e as filhas, Nathalia e Evelyn Melo de Queiroz, que foram lotadas no gabinete de Flávio Bolsonaro como deputado estadual e faziam repasses sistemáticos de dinheiro para a conta do ex-assessor.
A denúncia foi protocolada no dia 19 de outubro pelo Ministério Público no Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio, mas a informação só foi tornada pública na madrugada desta quarta-feira (4/11).
No documento de cerca de 300 páginas, Flávio é apontado como líder da organização criminosa, e Queiroz, como o operador do esquema de corrupção que funcionava no gabinete do senador. Ambos foram acusados pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Em nota, a defesa de Flávio disse que “está impedida de comentar informações que estão em segredo de Justiça”.
“No entanto, pode afirmar que o parlamentar não cometeu qualquer irregularidade e que ele desconhece supostas operações financeiras entre ex-servidores da Alerj. A defesa garante ainda que todas as contratações feitas pela Alerj, até onde o parlamentar tem conhecimento, seguiam as regras da assembleia legislativa. E que qualquer afirmação em contrário não passa de fantasia e ficção.”