“Quem perdeu nas urnas tenta criar ambiente de crise no país”, diz interventor do DF
Interventor Cappelli afirmou que os atos terroristas são promovidos por pessoas insatisfeitas com a vitória do presidente Lula nas urnas
atualizado
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O interventor na segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, afirmou, nesta quarta-feira (11/1), que quem está insatisfeito com o resultado das eleições de 2022 tenta “criar um ambiente de crise no país”.
A declaração foi feita em coletiva de imprensa nesta quarta. O encontro foi convocado para detalhar o esquema de segurança para a manifestação bolsonarista prevista para as 18h de hoje, na Esplanada dos Ministérios.
Quesitonado sobre um possível ambiente de crise no país, Cappelli afirmou que os atos são promovidos por pessoas insatisfeitas com a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas.
“Não há crise, há uma tentativa de criar um ambiente de crise no país. O presidente Lula foi eleito para governar o Brasil, recolocar o Brasil no caminho do desenvolvimento com justiça social, e está fazendo isso. Os que tentam criar o ambiente de crise perderam nas urnas, e não terão êxito”, destacou.
Segurança
De acordo com o interventor, há duas manifestações previstas na área central de Brasília nesta quarta-feira. Uma delas na altura do Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal. O ato é contrário ao governador afastado, Ibaneis Rocha (MDB).
A outra manifestação é organizada por bolsonaristas, e está previsto para ocorrer na Esplanada dos Ministérios. O interventor informou que todo o efetivo de segurança foi convocado.
“Temos hoje organização máxima das nossas forças de segurança. A Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, a Força Nacional e a Polícia Federal nos apoiando com a inteligência”, disse Cappelli.
A Polícia Civil do DF também colocou todo o efetivo à disposição do governo.
A Esplanada está sendo bloqueada durante o início da tarde para a circulação de veículos. No local, haverá barreiras de revista. Além disso, o acesso de manifestantes será permitido até a Avenida Sarney, no meio da Esplanada.
Novas ameaças
A Advocacia-Geral da União (AGU) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF), na noite de terça-feira (10/1), para informar sobre nova ameaça antidemocrática.
A solicitação feita ao ministro Alexandre de Moraes pede a notificação de autoridades competentes, a identificação de veículos envolvidos e sua indisponibilidade, a prisão em flagrante de cidadãos que obstruam ou ocupem vias urbanas ou rodovias e o bloqueio de contas no Telegram.
A AGU diz ter tomado conhecimento de convocações com teor golpista para esta quarta-feira (11/1), em todas as capitais do país.