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“Quem perdeu as eleições, fique quietinho”, diz Lula

Após fazer o anúncio dos novos ministros, nesta quinta-feira (29/12), Lula convidou a população a participar do evento da posse

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O presidente eleito Lula anuncia no CCBB os últimos dezesseis ministros para compor seu governo. Ele fala diante de um púlpito cercado de autoridades e políticos - Metrópoles
1 de 1 O presidente eleito Lula anuncia no CCBB os últimos dezesseis ministros para compor seu governo. Ele fala diante de um púlpito cercado de autoridades e políticos - Metrópoles - Foto: Breno Esaki/Especial Metrópoles

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou novos ministros nesta quinta-feira (29/12) e fechou a composição da Esplanada de 2023. Em discurso, o petista afirmou que toda a população está convidada a participar da posse, que ocorre no próximo domingo (1°/1), e pediu para que quem perdeu as eleições ficasse “quietinho”.

“Todo mundo está convidado para posse. Não fique preocupado com barulho. Quem perdeu as eleições, fique quietinho. Vamos fazer uma grande festa popular”, disse Lula.

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Para além dos ritos de cerimônia tradicionais, a posse do petista que retorna à Presidência depois de 20 anos contará com um festival de música com shows de mais de 20 artistas, feira gastronômica e espaço para crianças.

O evento começa por volta das 14h, com o tradicional desfile de carro pela Esplanada dos Ministérios. Depois, Lula e o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), participam de solenidade no Congresso Nacional e partem para o Palácio do Planalto, onde o petista receberá a faixa presidencial.

A expectativa dos organizadores é de que o evento receba cerca de 300 mil pessoas. O setor hoteleiro e o Aeroporto Internacional de Brasília projetam aumento na movimentação de visitantes durante o período. A cerimônia também deve ter a presença de 17 chefes de Estado, além de representantes de 120 países. Para dar conta da demanda, o Governo do Distrito Federal disponibilizará 100% das forças de segurança para atuar no dia do evento.

Tradições

A posse de Lula promete mexer com algumas tradições, a começar pelo desfile em carro aberto a bordo do Rolls-Royce. O primeiro problema é que o conversível preto, modelo Silver Wraith, foi danificado durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) e pode não ser usado no evento. A segunda questão diz respeito à segurança do presidente eleito. A equipe que cuida da posse presidencial analisa a possibilidade do petista desfilar em um carro blindado por causa dos recentes atos de violência de bolsonaristas em Brasília.

Outra quebra de tradição da cerimônia é o repasse da faixa presidencial, que geralmente é feita pelo mandatário anterior para o que está entrando. No entanto, tudo indica que Bolsonaro não vai entregar o item ao adversário. O atual chefe do Executivo deve viajar nesta quarta-feira (28/12) para escapar da responsabilidade, conforme apurou a coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles. O vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos), também indica que não participará do evento.

Diante da situação, o entorno de Lula estuda possibilidades para substituir as autoridades na cerimônia. Uma alternativa seria trazer um grupo de pessoas que representassem a diversidade da população brasileira — mulheres, negros, indígenas —para entregar a faixa ao novo presidente.

Outra opção é a cerimônia ser tocada por Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, ou Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do Senado. Oficialmente, essa seria a hierarquia a ser seguida. Ambos os políticos se mostraram abertos a recepcionar o presidente eleito na solenidade. A questão deve ser definida nos próximos dias.

Por fim, a posse também pode render outra cena inédita. Existe a expectativa de que Resistência, uma vira-lata adotada por Lula e a futura primeira-dama, Janja Silva, suba a rampa do Palácio do Planalto ao lado do presidente eleito.

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