Quem era Pit, apontado como sucessor de Zinho, morto no Rio
O miliciano Pit, apontado como sucessor de Zinho, foi morto em uma comunidade do Rio de Janeiro nesta sexta-feira (29/12)
atualizado
Compartilhar notícia
O miliciano Antônio Carlos dos Santos Pinto, conhecido como Pit, foi morto a tiros na comunidade Três Pontes, em Paciência, na zona oeste do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (29/12).
O homem era apontado como um possível sucessor de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, que foi preso na véspera do Natal, no último domingo (24), após se entregar para a Polícia Federal (PF).
Pit era responsável por cuidar da parte financeira da organização criminosa, batizada de Bonde do Zinho. O grupo é considerado a maior milícia do Rio de Janeiro.
O miliciano era um dos homens de confiança de Wellington da Silva Braga, o Ecko, irmão de Zinho e antigo líder da facção, morto em 2021. Pit chegou a ser preso em 2019, mas foi solto em setembro deste ano após decisão judicial.
De acordo com testemunhas, além de Pit, uma criança e um idoso foram atingidos pelos disparos na comunidade. A região está com policiamento reforçado.
A investigação do caso está sob comando da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Prisão de Zinho
Zinho tinha ao menos 12 mandados de prisão em aberto e era considerado foragido desde 2018. Ele acabou detido após tratativas entre advogados dele com a PF e a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro.
O miliciano se apresentou aos policiais federais da Delegacia de Repressão a Drogas (DRE-PF/RJ) e do Grupo de Investigações Sensíveis e Facções Criminosas (Gise/PF), na superintendência regional da corporação.
A prisão de Zinho aconteceu menos de uma semana após a Operação Batismo, da PF, que apreendeu documentos e telefones na casa da deputada estadual Lucinha (PSD), suspeita de ser braço político da milícia.
Zinho foi levado para o Instituto Médico-Legal (IML) e, posteriormente, encaminhado ao sistema prisional do estado. Depois, acabou transferido para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, prisão de segurança máxima na zona oeste do Rio de Janeiro.
Uma audiência de custódia realizada nessa terça-feira (26/12) determinou que o miliciano continuará preso em uma cela de seis metros quadrados no presídio de segurança máxima.