metropoles.com

Quem é o traficante do CV dono de imóvel de luxo destruído na Maré

Operação para derrubar 40 prédios construídos pela facção Comando Vermelho no Complexo da Maré começou nessa terça-feira (13/9)

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução
imagem colorida alvarenga responsavel condomínio do trafico complexo da mare - Metrópoles
1 de 1 imagem colorida alvarenga responsavel condomínio do trafico complexo da mare - Metrópoles - Foto: Reprodução

A operação que começou nessa terça-feira (13/8) nas comunidades de Nova Holanda e Parque União, no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, com o objetivo de demolir um condomínio com mais de 40 imóveis irregulares, teve entre os alvos um quadriplex.

A mansão tinha acabamento de luxo, com jacuzzi, closet e escadas com lâmpadas de LED automático. O imóvel também tinha uma vista privilegiada para a comunidade, para um campo de futebol e uma área onde eram realizadas festas.

As investigações apontam que a casa seria usada pelo traficante que domina a região: Jorge Luís Moura Barbosa, o Alvarenga. Ele está foragido da Justiça e tem 86 anotações criminais. O traficante seria o responsável pela construção de todo o condomínio de alto padrão em uma área dentro do Parque União, uma das comunidades que compõem a Maré.

8 imagens
Agente da Prefeitura presente na demolição do imóvel
Trabalhador realiza derrubada em mansão do tráfico na Maré
Mansão do tráfico na Maré é demolida
Mansão do tráfico tem três andares e uma cobertura
Cobertura tinha vista privilegiada para a praia de São Conrado
1 de 8

Agentes encontram quadriplex com piscina

Divulgação/ SEOP
2 de 8

Agente da Prefeitura presente na demolição do imóvel

Divulgação/ SEOP
3 de 8

Trabalhador realiza derrubada em mansão do tráfico na Maré

Divulgação/ SEOP
4 de 8

Mansão do tráfico na Maré é demolida

Divulgação/ SEOP
5 de 8

Mansão do tráfico tem três andares e uma cobertura

Fábio Costa/Secretaria de Ordem Pública
6 de 8

Cobertura tinha vista privilegiada para a praia de São Conrado

Fábio Costa/Secretaria de Ordem Pública
7 de 8

Mansão contava com piscina e hidromassagem

Divulgação/ SEOP
8 de 8

Alvarenga seria o responsável pelo condomínio do tráfico no Complexo da Maré

Reprodução

“Nós sabíamos que esses imóveis eram utilizados para negociação, ou seja, pela via do inquilino, seja para para locação, seja para compra e venda. Mas nós não sabíamos, até então, que esses imóveis eram utilizados também para abrigar traficantes, e nós nos deparamos hoje com várias unidades em alto padrão de luxo. E sendo utilizadas para o abrigo de traficantes”, afirmou o delegado Pedro Cassundé ao G1.

Segundo o Portal dos Procurados, Alvarenga quase não circula pela favela, para não ser visto. Durante muito tempo, nos bancos de dados da Segurança Pública, a única foto existente do criminoso é a de sua primeira carteira de identidade. Mais recentemente, imagens novas do criminoso foram obtidas.

Condomínio do tráfico

Segundo a polícia, um imóvel atribuído a Alvarenga faz parte de um “condomínio do tráfico” no Parque União. Segundo as investigações da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, são cerca de 300 casas e apartamentos construídos ilegalmente na favela, sendo usados para lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.

Os prédios são a face mais visível da milicianização do tráfico de drogas no Rio. O Comando Vermelho passou a investir no ramo imobiliário para lavar dinheiro do tráfico, vendendo as casas construídas com dinheiro sujo. Os imóveis têm entre um e seis pisos e estão desocupados.

O quadriplex ainda não estava pronto, mas chamou a atenção dos agentes pelo luxo apresentado com acabamento em mármore, uma piscina com cascata e uma banheira de hidromassagem.

Outro imóvel de alto padrão tinha dois andares e uma piscina ainda maior. Engenheiros da prefeitura estimam que a derrubada desses imóveis represente um prejuízo de R$ 5 milhões para o tráfico.

Força-tarefa

A operação para a demolição do condomínio teve início nessa terça (13/8) e foi composta pelas polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

Segundo o MPRJ, parte dos imóveis chega a ter seis pavimentos, mas 90% deles ainda estão em fase de alvenaria e totalmente desocupados. Eles foram erguidos sem autorização da prefeitura e não há responsável técnico pelas obras.

A Seop não tem prazo para derrubar tudo. Máquinas não conseguem chegar às casas; por isso, a demolição é manual, com marretas, andar por andar, de cima para baixo.

Além das demolições, a força-tarefa saiu para cumprir 23 mandados de intimação – quando a pessoa é conduzida para a delegacia a fim de prestar esclarecimentos.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?