Quem é o filho de delegado da PF suspeito de vazar operação do caso Marielle
Jomar Junior, o Jomarzinho, foi alvo de busca em operação da PF relacionada ao caso Marielle. Ele é suspeito de vazar operação pelo WhatsApp
atualizado
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Jomar Duarte Bittencourt Junior, 37 anos, mais conhecido como Jomarzinho ou Jomar Jr., foi surpreendido na manhã da última segunda-feira (24/7) com operação de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) em seu apartamento, no condomínio Cielo Vita, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ).
Jomarzinho é um dos investigados no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Segundo as diligências, ele vazou uma operação policial em 2019, beneficiando acusados de executar o crime.
“Recebi um informe agora que vai ter operação Marielle amanhã”, escreveu ele para um contato no WhatsApp, de apelido Mauricinho, na noite de 11 de março de 2019.
Em seguida, Mauricinho teria ajudado a repassar o vazamento para os acusados de executar a vereadora, incluindo o ex-PM Ronnie Lessa, que até tentou fugir, mas foi preso no dia seguinte.
Os investigadores não deixaram claro como Jomarzinho obteve a informação privilegiada, o que fica sugerido pela filiação do investigado. Jomar Jr. é filho de um delegado aposentado da Polícia Federal, Jomar Bittencourt, de 68 anos (foto em destaque).
O Jomar pai inclusive já foi candidato a deputado federal em 2018, pelo Avante do Rio de Janeiro, e acabou derrotado nas urnas com 1.597 votos.
Mãe ironizou Marielle
A mãe de Jomar Jr. é a advogada Neide Simões Bittencourt, de 66 anos. Em março de 2019, poucos dias depois da operação policial que prendeu Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, ela usou suas redes sociais para ironizar o assassinato de Marielle.
“Esperando (Marcelo) Freixo dizer que cadeia não resolve e que os assassinos de Marielle merecem uma 2ª chance”, escreveu a advogada no dia 16 de março. Em outros dois momentos, ela compartilhou mensagens que questionam a importância dada ao caso Marielle.
Pancadaria e sonho
A última vez que Jomarzinho apareceu em sites de notícia foi em novembro de 2008. O nome de Jomar Jr. foi citado em uma reportagem da Veja Rio sobre uma briga na casa noturna 00.
Jomarzinho faria parte de um grupo de rapazes que se envolveram em uma briga com o ator global Marcello Novaes. Após sofrer uma cotovelada, o artista levou 21 pontos.
O agora investigado Jomar Jr. tinha o desejo de seguir carreira na Polícia Militar. Em 2015, ele tentou um concurso para entrar na Polícia Militar do Rio e foi reprovado no exame antropométrico, pois seu índice de massa corporal ultrapassava o exigido.
Com ajuda da mãe advogada, ele entrou com uma ação na Justiça justificando que tinha hipertrofia muscular. No entanto, o Judiciário não aceitou a argumentação, e o pedido de inclusão no concurso foi indeferido.
O Metrópoles entrou em contato com a advogada Neide Bittencourt, mãe de Jomarzinho, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.