Quem é Ludhmila Hajjar, médica cotada para assumir Ministério da Saúde
A cardiologista tratou, por exemplo, do próprio ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, quando ele foi infectado pelo novo coronavírus
atualizado
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“A dança das cadeiras” no Ministério da Saúde está a todo vapor. Em meio à pandemia do coronavírus, a pasta pode ter, de novo, uma mudança na gestão. Desta vez, a médica cardiologista e intensivista Ludhmila Hajjar é uma das cotadas para assumir o cargo de Eduardo Pazuello, que teria pedido demissão a Bolsonaro alegando problemas de saúde.
O vasto currículo a credencia para assumir a pasta no momento mais crítico da pandemia. Ludhmila Hajjar estudou na Universidade de Brasília (UnB) e é cardiologista intensivista da Rede D’Or, além de professora associada da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Defensora da vacina
Em entrevista ao Metrópoles no fim de fevereiro, Ludhmila defendeu a celeridade na aquisição de imunizantes contra a Covid-19.
“A compra da vacina Pfizer pelo Brasil tem que ser destravada o mais rápido possível. A aquisição desta vacina é prioritária para o combate da pandemia no país. Espero que a empresa e governo brasileiro cheguem a um consenso. A vacina é excelente, é uma das mais eficazes, e precisamos dela aqui para imunizar a maior quantidade de pessoas possível”, afirmou na ocasião.
Em entrevista ao Jornal de Brasília em 8 de fevereiro, a especialista destacou os perigos das variantes da Covid-19.
“Já atendi em torno de 50 casos de reinfecção e reitero que, neste último mês, com muitas pessoas vindo do Norte do Brasil, principalmente de Manaus, vimos muitos casos de reinfecção, e reinfecção confirmada. Com o primeiro caso com teste positivo, com tomografia alterada, com diagnóstico clínico e agora novamente. Ou seja, a reinfecção é um problema, ela faz parte do dia a dia dessa pandemia e todos nós precisamos redobrar os cuidados”, disse.
Ainda de acordo com Ludhmila, “nós temos mais de uma vacina, e o melhor é termos elas disponíveis. Há diferença entre as vacinas, sem dúvida, como há diferença quando olhamos várias medicações para hipertensão arterial e diabetes. O que importa é ter a vacina, o que importa é a vacina chegar até a população. A gente brinca que vacina boa é aquela que chega ao nosso braço. Eu, por exemplo, tomei a primeira vacina disponível, como profissional da saúde e como pessoa de risco”, finalizou.
Atendimento a políticos
O nome de Hajjar circula em Brasília. Especialista no tratamento da Covid-19, na unidade DF Star, em Brasília, ela estreitou relacionamento com políticos nos últimos tempos.
Entre os pacientes de Hajjar, estão o próprio Pazuello, que foi atendido pela médica quando testou positivo para o coronavírus.
A cardiologista ainda atendeu o atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o procurador-geral da República, Augusto Aras, o ministro Fábio Faria, das Comunicações, o ministro Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura e ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Dias Toffoli também foi um dos pacientes da médica, quando presidia o Supremo, bem como Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, ex-presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente.