Quem é Demétrius Oliveira Macedo, que agrediu a chefe procuradora
Solteiro e sem filhos, o homem de 34 anos recebia um salário bruto de cerca de R$ 9,2 mil como procurador da prefeitura de Registro, em SP
atualizado
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São Paulo – Demétrius Oliveira de Macedo é o homem que agrediu com socos, chutes e cotovelada Gabriela Samadello Monteiro de Barros, sua chefe e procuradora-geral de Registro, no interior de São Paulo.
O homem de 34 anos é solteiro e não tem filhos. Demétrius mora na mesma cidade que trabalhava e cometeu o ataque.
O agressor foi preso na manhã desta quinta-feira (23/6). A Polícia Civil o encontrou no hospital psiquiátrico Santa Mônica, na capital paulista.
O homem que agiu com extrema violência contra a mulher de 39 anos aparece calmo e sem apresentar resistência ao ser conduzido pelos policiais.
Uma colega de trabalho filmou parte dos socos e cotovelada que Macedo desferiu contra a procuradora-geral pouco antes do fim do expediente na prefeitura de Registro, segunda-feira (20/6).
Veja o vídeo do ataque:
Salário de R$ 9,2 mil
Ele era procurador do município até quarta-feira (22/6), quando foi afastado temporariamente por 30 dias. A suspensão determinada pela prefeitura de Registro também interrompeu o salário bruto de cerca de R$ 9,2 mil.
Macedo assumiu o cargo público há 11 anos, em 2011. A procuradora-geral Gabriela Samadello Monteiro de Barros relatou ao Metrópoles que o funcionário não dirigia a palavra à ela.
“Ele só se comunicava comigo formalmente por memorandos. Quando era informalmente, ele mandava bilhetes pelos funcionários”, afirmou a chefe de Demétrius.
Processo administrativo
A procuradora-geral de Registro acredita que Demétrius decidiu agredi-la após ver, no Diário Oficial, uma publicação sobre um processo administrativo contra ele.
“Ele estava muito descontente por trabalhar na procuradoria sob a chefia de uma mulher. Um dia ele começou implicar comigo, porque eu não cumprimentava ele do jeito que ele queria”, disse a agente administrativa Thainan Maria Tanaka ao Jornal Hoje.
A servidora afirmou que foi autora de uma denúncia administrativa contra o procurador.
“Sendo que ele não fazia questão nenhuma de olha na cara das mulheres que trabalhavam ali. Eu fiquei tão indignada que eu abri uma reclamação para formalizar, não só por mim, mas por todas”, relatou Tanaka.
Gabriela Samadello Monteiro de Barros, 39 anos, contou que o procurador não aceitava ser chefiado por uma mulher por machismo.
Advogado
Demétrius se formou em 2010 no curso de Direito, na Universidade São Judas. Em 2011, ele ingressou na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A instituição anunciou nessa quarta-feira (22/6) que iniciou processo disciplinar para suspendê-lo preventivamente.
Já o ensino médio o agressor concluiu no Colégio Palmarino Calabrez, que é particular e fica em Guaianases, na Zona Leste de São Paulo.
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