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Quem é a socialite paulista alvo da PF na operação Lesa Pátria

A socialite paulista Marici Junqueira é um dos alvos da Polícia Federal em nova fase da operação Lesa Pátria deflagrada nesta terça (5/9)

atualizado

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Imagem colorida da socialita Marici Bernardes, filhas e amigas - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida da socialita Marici Bernardes, filhas e amigas - Metrópoles - Foto: Reprodução

Ao menos 53 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (5/9) para investigar os possíveis envolvidos no financiamento dos ataques de 8 de janeiro. Trata-se da nova fase da operação Lesa Pátria, conforme adiantou o colunista Igor Gadelha. Entre os alvos está a socialite paulista Marici Junqueira de Andrade Bernardes.

A socialite de Araçatuba (SP) é mãe de três filhas (Marcela, Mariah e Marina), e acumula 24 processos que mencionam o seu nome na plataforma JusBrasil, uma legaltech que busca auxiliar na coleta, organização e disponibilização de informações jurídicas públicas. A maioria das ações está localizada no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP).

A socialite aparece em diversas publicações de veículos paulistas voltados para a alta sociedade local.

Há quase oito anos, ela e as filhas estrearam uma campanha de Dia das Mães da marca de roupas Tigresse, de acordo com fotos da época, produzidas pela fotógrafa Alice Lima.

Em 2003, ela teve R$ 200 mil em joias furtadas de dentro de seu veículo BMW no Jardim Bela Vista, em Campo Grande (MS). Na época, a Polícia Civil, afirmou que foram roubados documentos pessoais, cartões de crédito, além de colares de pérolas, relógio, brincos, colares e anéis de ouro.

O Metrópoles tenta entrar em contato com a defesa da socialite.

Os mandados e a Operação Lesa Pátria

A maior parte dos mandados são cumpridos nas regiões Sudeste e Sul, com foco nos estados de Minas Gerais, São Paulo, e Paraná que, sozinhos, correspondem a 44 dos 53 mandados de busca e apreensão confirmados. Também houve o bloqueio de bens dos investigados.

Dessa vez, o objetivo é identificar quem financiou e fomentou os atos que resultaram no quebra-quebra das instituições na Esplanada dos Ministérios, e invasão do Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e do STF, que podem ter resultado em danos que chegam a R$ 40 milhões, segundo a PF.

Em tese, os responsáveis pelos crimes no 8/1 podem responder por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

A Operação Lesa Pátria já está em sua 16ª nova fase, e se tornou permanente dentro da PF.

Veja a divisão de cumprimento dos mandados por estado:

  • São Paulo: 12;
  • Paraná: 6;
  • Mato Grosso do Sul: 2;
  • Tocantins: 2;
  • Santa Catarina: 3;
  • Minas Gerais: 26; e
  • Ceará: 2.

O ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Flávio Dino (PSB-MA), considerou que a operação ocorre “em uma semana simbólica”, e partiu em defesa da democracia: “Que nunca mais queiram rasgar a nossa Constituição e destruir o Estado Democrático de Direito”, escreveu nas redes sociais.

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