metropoles.com

Quem é a mulher que pagou por morte de médico para se livrar de dívida

Segundo a polícia, motivação do crime seria uma dívida de R$ 500 mil da mulher com a vítima. Ela teria pagado R$ 150 mil pelo crime

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
imagem colorida bruna paiva mandante morte medico ms
1 de 1 imagem colorida bruna paiva mandante morte medico ms - Foto: Reprodução

Presa por ser a mandante do crime que chocou Mato Grosso do Sul, Bruna Nathalia de Paiva integrava uma quadrilha especializada em estelionato. Segundo informações da Polícia Civil, foi ela quem planejou e pagou pela morte do médico Gabriel Paschoal Rossi, 29 anos. O jovem foi torturado, asfixiado e estrangulado.

De acordo com o delegado que apura o caso, Erasmo Cubas, o crime foi motivado por uma dívida de Bruna com Gabriel no valor de R$ 500 mil. Para não pagar, ela contratou três homens, por R$ 150 mil, para a execução do médico. No entanto, segundo o investigador, ela deu o “calote” nos criminosos e teria pagado R$ 20 mil para que fosse dividido entre os três.

10 imagens
Além do hospital da Cassems, Gabriel Rossi trabalhava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Dourados e no Hospital da Vida
As redes sociais de Gabriel Rossi foram apagadas após o desaparecimento
Gabriel era natural do Rio Grande do Sul
Rossi foi visto pela última vez na quarta-feira (26/7), após sair de um plantão
Ele se formou em março deste ano, na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
1 de 10

Suspeitos foram presos no interior de Minas Gerais

Reprodução
2 de 10

Além do hospital da Cassems, Gabriel Rossi trabalhava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Dourados e no Hospital da Vida

Material cedido ao Metrópoles
3 de 10

As redes sociais de Gabriel Rossi foram apagadas após o desaparecimento

Material cedido ao Metrópoles
4 de 10

Gabriel era natural do Rio Grande do Sul

Material cedido ao Metrópoles
5 de 10

Rossi foi visto pela última vez na quarta-feira (26/7), após sair de um plantão

Material cedido ao Metrópoles
6 de 10

Ele se formou em março deste ano, na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Material cedido ao Metrópoles
7 de 10

Celular de Gabriel foi usado para aplicar golpes em conhecidos

Material cedido ao Metrópoles
8 de 10

Gabriel Rossi tinha 29 anos e passou uma semana desaparecido

Redes sociais/Reprodução
9 de 10

Hospital da Vida, onde ele trabalhava, lamentou a perda

Hospital da Vida Dourados/Reprodução
10 de 10

Bruna teria encomendado o crime para não pagar dívida

Reprodução

Amizade no crime

Bruna e Gabriel se conheceram quando o jovem era estudante de medicina na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Os dois mantinham uma relação de amizade e participavam juntos, segundo a polícia, de uma quadrilha de estelionatários que aplicava golpes com documentos de pessoas mortas, clonava cartões de crédito e sacava dinheiro de benefícios em contas correntes das vítimas.

Na organização, Gabriel tinha como responsabilidade sacar o dinheiro, depois que Bruna fizesse o repasse dos dados. De acordo com a polícia, Gabriel era o “rosto” da quadrilha. O nome e as fotos do médico eram utilizados em documentos de pessoas que não existiam, ou de quem já havia morrido, para que fosse possível sacar os benefícios e clonar os cartões.

Contudo, os dois não agiam sozinhos. Segundo o delegado, a dupla fazia parte de um grupo muito maior, que ainda é investigado.

Torturado

De acordo com o delegado Erasmo, Gabriel foi encontrado com sinais de tortura em uma casa de hospedagem por temporada, que foi alugada por Bruna por um período de 15 dias, para que o corpo demorasse mais tempo para ser encontrado. Foi ela própria quem instruiu o trio contratado em todo o assassinato.

No entanto, ela sequer chegou a ir ao local do crime. Segundo a polícia, enquanto Gustavo Kenedi Teixeira, Keven Rangel Barbosa e Guilherme Augusto Santana torturavam Gabriel, Bruna estava em outra casa, alugada por apenas um dia, onde ela e os criminosos dormiram antes do homicídio.

Eles vieram de Minas Gerais, e antes de chegarem a Dourados, cidade do crime, passaram pela cidade de Ponta Porã (MS), onde compraram os objetos utilizados para tortura o médico.

Conforme relatos da polícia, Gabriel foi atraído para uma emboscada. A suspeita é de que o médico foi até a residência para repassar informações de onde havia vendas de drogas na cidade, mas, até o momento, não há confirmação sobre o envolvimento do médico com o tráfico.

Bruna também teria orientado os homens a pegarem o celular de Gabriel após o crime. Em posse do telefone, ela trocou mensagens com familiares e amigos da vítima pedindo dinheiro. Ela chegou a conseguir R$ 2,5 mil. Foram essas mensagens que atrasaram a família do médico a registrar o desaparecimento do rapaz.

Apesar de o médico sumir em 26 de julho, a polícia só começou o procurá-lo em 2 de agosto, um dia antes de ele ser encontrado morto.

Presos

Logo após o crime, Bruna e os homens contratados voltaram para Minas Gerais de avião. À polícia eles informaram que foi prometido pela mandante o pagamento de R$ 150 mil pela morte do médico. Porém, ela pagou R$ 20 mil.

A polícia começou a ouvir amigos e familiares e, por meio dos depoimentos, descobriram a amizade entre Gabriel e Bruna, que morava em Minas Gerais.

Paralelo aos depoimentos, a polícia tentava rastrear o celular da vítima, que ainda não tinha sido encontrado com o corpo. Foi então que descobriram que o aparelho havia sido utilizado no dia 30 no estado mineiro, quando Gabriel era considerado desaparecido.

Os quatro suspeitos acabaram presos na manhã de segunda-feira (7), em Pará de Minas, e chegaram a Dourados na madrugada de terça-feira (8) para prestarem depoimento, por volta da 1h30.

Gustavo, Keven e Guilherme foram ouvidos e confirmaram Bruna como mandante do crime. No entanto, a mulher ainda não prestou depoimento, informou o delegado.

Corpo amarrado

 Desaparecido desde 26 de julho, o corpo do médico Gabriel Paschoal Rossi foi encontrado, na última quinta (3/8), em uma casa da Rua Clemente Rojas, na Vila Hilda, Mato Grosso do Sul, com as mãos e os pés amarrados em uma cama, em estado avançado de decomposição. A polícia determinou que a causa da morte foi por asfixia.

De acordo com a polícia, Gabriel estava com marcas de agressões físicas e sinais de estrangulamento com fios de energia em uma primeira análise feita pela Polícia Científica, no mesmo dia em que o corpo foi encontrado.

Natural de Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, o jovem trabalhava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e no Hospital da Vida.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?