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Quem é a argentina que imitou macaco em evento de samba no Rio

Carolina de Palma é de Buenos Aires e é professora de música. Ela estava no Rio para o Fórum Latino-americano de Educação Musical

atualizado

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1 de 1 imagem colorida argentina imitou macaco samba rio - Foto: Reprodução

A mulher filmada imitando um macaco durante a roda de samba Pede Teresa, na Praça Tiradentes, na região central do Rio, na noite da última sexta-feira (19/7), foi identificada como a argentina Carolina de Palma.

O caso veio à tona após a cena ter sido registrada pela jornalista Jackeline Oliveira, que além de expor a situação nas redes sociais, fez uma denúncia na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).

Segundo informações da própria jornalista, Carolina de Palma é professora de música e natural de Buenos Aires, na Argentina. Ela estava no Rio para participar do Fórum Latino-americano de Educação Musical.

Já o homem que a acompanhava reside na capital carioca, mas até o momento não foi identificado. Desde a repercussão do vídeo, tanto Carolina quanto o brasileiro que a acompanhava excluíram suas contas nas redes sociais.

O Fórum Latino-americano de Educação Musical repudiou o ato, afirmando que os envolvidos não são associados ao Fladem Brasil, e solicitou uma investigação pela seção brasileira do Fórum.

Imitação racista

Jackeline Oliveira relatou que, ao comprar água, avistou o casal, inicialmente pensando que fosse uma dança. Ao perceber o teor racista das imitações, decidiu gravar a ação e informar os seguranças. No dia seguinte, ela postou o vídeo em suas redes sociais e buscou apoio para formalizar a denúncia.

Jackeline formalizou a denúncia acompanhada de Wanderson Luna, idealizador da roda de samba “Pede Teresa”, da vereadora Mônica Cunha (PSOL) e de uma advogada.

“Nada ameniza o racismo. Ninguém, em país nenhum, vai entender que o racismo é uma coisa boba, uma brincadeira,” declarou a jornalista.

“Quando o caso ganhou essa repercussão toda nas redes sociais, não imaginava que teria tanta força. Mas a população se mobilizou, porque não pode ser mais um caso de racismo. Tem que ter um tipo de punição,” afirmou Jackeline à Globo.

Reações da Comunidade

Wanderson Luna lamentou o ocorrido: “É algo tão absurdo, em 2024, uma pessoa imitar um macaco, que ninguém acredita. As pessoas não se dão conta do que está acontecendo. Podia ter tido uma tragédia. Eles são racistas, mas a gente não quer que ninguém morra ou sofra uma violência,” contou.

A roda de samba “Pede Teresa” na Praça Tiradentes é uma ferramenta de resistência contra o racismo. “A roda Pede Teresa é uma ferramenta para lutar contra isso, até porque o local, historicamente, sempre foi ocupado por nós pretos,” afirmou Luna.

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