Queiroz se diz “revoltado” com repercussão de vídeo em que aparece dançando em hospital
Segundo o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, gravação se trata de “cinco segundos que quis dar de alegria” antes de se submeter a cirurgia
atualizado
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Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), disse estar “revoltado” com a repercussão do vídeo no qual ele aparece dançando com a família no hospital. Em novo vídeo, divulgado na tarde deste sábado (12/1), ele comenta o caso.
“Estou revoltado com o vídeo que circula na internet, onde apareço comemorando, juntamente com minha família, dentro do hospital o Réveillon. Foram cinco segundos que quis dar de alegria a uma tristeza que tomava conta dentro da enfermaria em que me encontrava”, afirmou.
Veja:
Mais cedo, a defesa e Queiroz divulgou nota oficial afirmando que o vídeo em que o ex-assessor aparece dançando com a família no hospital foi feito “no raro momento de descontração da visita deles no Albert Einstein”, “pois ele passaria por uma grave cirurgia nas horas seguintes, inclusive com risco de morte”. O procedimento é para retirar um tumor no intestino.
Segundo o advogado de Queiroz, Paulo Klein, é importante registrar que o referido vídeo teria sido feito no dia 31 de dezembro à meia-noite. “Foi feito dentro do contexto humanamente compreensível, pois trata-se de uma data comemorada universalmente”, disse.
As imagens viralizaram neste sábado (12). Na gravação, o ex-assessor – que, segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), fez movimentações bancárias atípicas – aparece dançando, em meio a gargalhadas, quando a filha diz: “Agora é vídeo, pai! Pega teu amigo, pega teu amigo!”. Ele rodopia em seguida, fazendo um sinal de positivo com as mãos.
Veja:
Pessoas próximas a Queiroz avaliaram o vídeo de formas distintas. Para alguns, foi um desastre. Outros afirmaram que as imagens são “uma brincadeira de poucos segundos”, “uma descontração entre a família na virada [do ano]”.
Em duas ocasiões, Queiroz não compareceu a depoimentos marcados no Ministério Público, alegando motivos de saúde. Antes de Paulo Klein assumir a sua defesa no caso, Queiroz havia faltado a outros dos depoimentos, sob a justificativa de que não havia tido acesso aos autos da investigação.
O Coaf aponta que Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e de 2017 e recebeu depósitos de assessores de Flávio Bolsonaro.