Queiroz deixa cadeia em Bangu e vai para prisão domiciliar
STJ também concedeu o benefício de prisão domiciliar para à mulher de Queiroz, Márcia Oliveira de Aguiar. Ela, contudo, segue foragida
atualizado
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O ex-assessor parlamentar do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) Fabrício Queiroz, deixou, na noite desta sexta-feira (10/7), o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio. É o que informa em nota a secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap) do Rio de Janeiro. Detido desde 18 de junho, ele passará a cumprir prisão domiciliar e será monitorado por tornozeleira eletrônica. São informações do Estadão.
Queiroz saiu do presídio a pé, às 21h49, usando máscara de proteção. Um carro preto o aguardava em frente à portaria e ele entrou rapidamente, tentando se esconder da imprensa. O carro arrancou em alta velocidade.
A transferência da penitenciária para sua casa no Rio foi determinada nessa quinta-feira (9/7), pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, que estendeu o benefício também à mulher de Queiroz, Márcia Oliveira de Aguiar. Ela, contudo, segue foragida.
Segundo a Seap, Márcia deve comparecer à Coordenação de Patronato Magarinos Torres, da própria pasta, para que seja instalada sua tornozeleira eletrônica.
Na casa de Wassef
Queiroz foi preso na manhã do último dia 18 de junho, em Atibaia (SP), na região do Vale do Paraíba, em um imóvel do então advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef.
A prisão ocorreu na Operação Anjo, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) em conjunto com a Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo (MPSP). Muito próximo da família Bolsonaro, o ex-PM é investigado por participação em esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), quando Flávio era deputado estadual.
Cautelares
- Apesar de conceder a prisão domiciliar, Noronha estabeleceu medidas cautelares a serem seguidas por Queiroz.
- Indicação do endereço onde cumprirá a prisão domiciliar ora deferida, franqueando acesso antecipado à autoridade policial para aferir suas condições e retirada de toda e qualquer forma de contato exterior;
- Permissão de acesso, sempre que necessário, da autoridade policial, que deverá exercer vigilância permanente do local para impedir acesso de pessoas não expressamente autorizadas;
- Proibição de contato com terceiros, seja quem for, salvo familiares próximos, profissionais da saúde e advogados devida e previamente constituídos;
- Desligamento das linhas telefônicas fixas, entrega à autoridade policial de todos telefones móveis, bem como computadores, laptops e/ou tablets que possua; e
- Proibição de saída sem prévia autorização e vedação a contatos telefônicos.
Monitoração eletrônica
Márcia é considerada foragida pela Justiça. Ao estender o benefício a ela, Noronha presumiu que sua presença ao lado de Queiroz seja recomendável para lhe dispensar as atenções necessárias, visto que, enquanto estiver sob prisão domiciliar, estará privado do contato de quaisquer outras pessoas.