Queiroga relativiza mortes da Covid: “Do coração são 380 mil todo ano”
Nesta sexta-feira, o Brasil ultrapassou 600 mil mortos e há 21.893.752 casos confirmados de infecção pela doença
atualizado
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi questionado pelo Metrópoles, nesta sexta-feira (8/10), sobre o fato de o Brasil ter superado a marca de 600 mil mortos pela Covid-19. O ministro buscou relativizar os números, comparando-os com os de outras doenças: “Só do coração são 380 mil [mortes] todos os anos”.
“Então se contar no mesmo período, nós teríamos cifras também alarmantes”, continuou o ministro da Saúde.
“O câncer também tem elevada incidência de óbitos. E a Covid-19 é uma emergência sanitária nacional que levou a óbitos por todos os locais do mundo”.
Veja:
A @nathalia_kuhl perguntou ao ministro da Saúde qual é o posicionamento do governo sobre a triste marca de 600 mil mortes por Covid, atingida nesta sexta. A resposta foi essa: https://t.co/ClzwsF0Ce3
— Rebeca Borges (@rebecaborges_) October 8, 2021
“Nosso sistema de saúde tem dado crescentemente respostas positivas para dar uma assistência melhor”. O ministro ainda criticou os governos passados: “Lembrar que 2008 até 2018 foram fechados 40 mil leitos”.
Internautas criticaram a posição de Queiroga: “Cara, pq não fala ali: sentimos muito por todas as famílias que perderam entes queridos. Vamos trabalhar muito pra diminuir cada vez mais esses números. Contem conosco nessa luta diária pela vida… Mas não, os caras sempre tem que desafiar, menosprezar, levantar teses. Que raiva”, postou um.
Casos confirmados
Segundo o levantamento divulgado pelo consórcio de veículos de imprensa, atualmente há 21.893.752 casos confirmados de infecção pela doença.
A marca de 600 mil mortes é atingida no momento em que a pandemia está em estabilidade no país. A média de mortes diárias está em 452,9, segundo dados contabilizados ao fim do dia.
Embora o número de vítimas tenha despencado nos últimos meses, o Brasil ainda é o terceiro país com a maior média diária de novas mortes atualmente, atrás apenas dos Estados Unidos e da Rússia.
O país também foi o que mais registrou vítimas da pandemia em 2021 em todo o mundo. Foram contabilizadas 405 mil mortes por Covid-19 neste ano – mais do que Estados Unidos e Índia e quase o mesmo que todos os 27 países da União Europeia somados.