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Queiroga reforça economia de oxigênio e fala em boa relação com os EUA

Brasil tem uma boa capacidade de produção de oxigênio, mas grande parte é destinada à indústria, segundo o ministro

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1 de 1 Marcelo Queiroga 7 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O Ministério da Saúde importou 13 caminhões-tanque do Canadá para fortalecer a distribuição de oxigênio no Brasil. O ministro Marcelo Queiroga já havia falado sobre o assunto na última segunda-feira (29/3), mas reforçou a questão durante pronunciamento na manhã desta quarta-feira (31/3).

Queiroga disse que o Brasil tem uma boa capacidade de produção de oxigênio, mas pontuou que grande parte é destinada à indústria. Por isso, o ministério estuda ações para garantir a distribuição da substância aos hospitais do país.

“Existem duas formas de fazer [a distribuição de oxigênio]: por meio do caminhão-tanque ou de cilindros. Existe dificuldade no nosso parque industrial de produzir a quantidade de cilindros que estamos precisando. Em relação aos caminhões-tanque, importamos 13 do Canadá que vão fortalecer a distribuição de oxigênio no país. Há ações para desviar o oxigênio utilizado na indústria para o uso medicinal, mas existem limites”, disse.

Desde o início do ano, o Brasil tem sofrido com escassez de oxigênio em algumas regiões. Em Manaus, capital do Amazonas, o desabastecimento nos hospitais resultou em transferência de pacientes para outros estados, mortes e na compra das substâncias pelos próprios familiares dos pacientes.

Na terça-feira (30/3), a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que estabelece prioridade no atendimento integral da demanda de oxigênio de hospitais públicos e privados.

A proposta, de autoria do deputado Sanderson (PSL-RS), isenta empresas fornecedoras de pagarem multa caso deixem de oferecer oxigênio a outros compradores. A medida será enviada ao Senado.

Além do Canadá, os Estados Unidos estão trabalhando junto ao Brasil para a doação de insumos hospitalares de combate à pandemia, afirma Queiroga. Ele citou as reuniões que teve com o embaixador norte-americano Todd Chapman e com o imunologista Anthony Fauci, na segunda-feira (30/3).

“Essas reuniões mostram que podemos avançar muito nas relações internacionais, que podem resultar em suprimentos e insumos, seja vacina ou kit intubação, que são importantes nesse momento em que tantos pacientes estão recorrendo aos hospitais com síndrome respiratória aguda grave”, disse o ministro.

“Estamos em tratativa com a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) e com o próprio governo americano para buscar esses produtos. Essas tratativas estão adiantadas”, afirmou Queiroga.

Comitê contra a Covid-19

O pronunciamento de Queiroga foi feito no Palácio do Planalto. Ele falou ao lado dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), sobre as ações do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19.

Na ocasião, Marcelo Queiroga, afirmou, mais uma vez, que o Ministério da Saúde vai instalar uma secretaria extraordinária de enfrentamento à Covid-19.

“Essa secretaria visa mais agilidade nas medidas que vamos colocar em prática, conferir dados de maneira clara para que a sociedade possa saber o números de óbitos, internações, disponibilidade de leitos, distribuição de insumos estratégicos”, complementou durante a audiência na Câmara.

Além disso, Lira e Pacheco afirmaram que o Congresso Nacional está trabalhando para a aprovação de uma lei que permita a compra de vacinas pela iniciativa privada.

Queiroga diz que o ministério da Saúde recebeu a proposta com “muita satisfação”. Ele também defendeu a possibilidade de oferta de leitos privados para pacientes de Covid-19 por meio de “compensações tributárias”, medida que também teria sido sugerida pelos presidentes das Casas Legislativas.

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Coletiva sobre a reunião do comitê de combate à Covid-19. Presidente da Câmara, Arthur Lira; presidente do Senado, Rodrigo Pacheco; e ministro da Saúde, Marcelo Queiroga
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Coletiva sobre a reunião do comitê de combate à Covid-19. Presidente da Câmara, Arthur Lira; presidente do Senado, Rodrigo Pacheco; e ministro da Saúde, Marcelo Queiroga

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Covid-19 no Brasil

Na última terça-feira (30/3), o Brasil bateu mais um recorde no número de óbitos por Covid-19. Foram 3.780 mortes no período de 24 horas, de acordo com levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Março de 2021 já é considerado o mês mais letal da pandemia no Brasil. Somente nos últimos 30 dias, o país registrou número de óbitos diários acima de 3 mil em quatro ocasiões.

Na terça-feira, a média móvel de mortes foi de 2.710. Ao todo, o Brasil perdeu 317.646 vidas para a Covid-19 e registrou 12.658.109 casos de infecção pelo novo coronavírus.

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