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Queiroga promete devolver doses retidas da Pfizer a São Paulo

O médico acrescenta que a medida vai ser realizada enquanto o ministério chega “a um termo de acordo com a secretária estadual”

atualizado

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Marcelo Queiroga
1 de 1 Marcelo Queiroga - Foto: Arthur Menescal/Especial Metrópoles

O ministro Marcelo Queiroga falou, na noite desta segunda-feira (9/8), ao Metrópoles, sobre a entrega de vacinas da Pfizer ao estado de São Paulo. Ao sair do ministério, ele afirmou: “Sobre as doses da Pfizer que foram retidas ao ministério a título de compensação, entendemos nas próximas pautas devolver as doses a São Paulo”.

Queiroga acrescentou que a medida vai ser realizada à medida em que o ministério chega “a um termo de acordo com a secretária estadual [de Saúde de São Paulo]”.

O impasse começou quando o governador de São Paulo, João Doria, afirmou que uma carga com 228 mil doses da Pfizer deveria ter sido entregue ao seu estado na última terça (3/8), mas foi reduzida à metade “sem justificativa”. Por outro lado, o Ministério da Saúde defendeu que a redução ocorreu porque o estado teria recebido unidades extras da vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan.

Por isso, a pasta entendeu que seria necessário reduzir o número de unidades da Pfizer entregues a São Paulo, a fim de compensar as doses extras coletadas diretamente no Instituto Butantan. Nesta sexta, Queiroga e Jean Gorinchteyn, secretário de Saúde de São Paulo, disseram que, apesar das opiniões divergentes, as áreas técnicas federal e estadual estudarão os dados para “chegar a um denominador comum”.

“Imediatamente foi aberto um pleito para as áreas técnicas fazerem uma avaliação mais efetiva entre as partes, para que, se realmente aconteceu essa divergência em relação a São Paulo, haja uma reposição dessas doses de uma forma gradual, a fim de não impactar o processo de vacinação”, explicou Gorinchteyn.

De acordo com Queiroga, os números apontam que o estado de São Paulo “seja devedor do Programa Nacional de Imunização”. No entanto, a situação só será esclarecida após a análise dos dados.

“Lá atrás, estava sendo entendido que as vacinas do Butantan não precisavam ir para o Centro de Logística do Ministério da Saúde para depois serem distribuídas a São Paulo. Em função disso, aponta-se que há uma recepção maior dessas doses pelo estado”, explicou o ministro.

Equânime

A pasta também informou que a prioridade é distribuir as doses de maneira equânime, justamente para não ficar essa disparidade em relação às idades contempladas nos estados.

“Com relação ao caso de São Paulo, não há prejuízo ao estado, já avançamos no grupo prioritário, agora avançamos por idade e há uma vontade de ter uma imunização equânime”, disse Rodrigo Cruz, secretário-executivo do ministério.

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