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Queiroga pede união entre os Poderes: “Não tenho vara de condão”

Declaração foi dada durante audiência convocada pelas comissões de Seguridade Social e Família e de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados

atualizado

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Marcelo Queiroga
1 de 1 Marcelo Queiroga - Foto: Igo Estrela/ Metrópoles

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pediu, nesta quarta-feira (31/3), união entre os Três Poderes para o enfrentamento à Covid-19 e disse que não tem “vara de condão”. A declaração foi dada durante audiência convocada pelas comissões de Seguridade Social e Família e de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.

Na ocasião, o ministro elogiou as ações do poder Legislativo na criação de medidas para auxiliar o combate ao coronavírus. Queiroga disse que a função das autoridades é “salvar vidas, aliviar o sofrimento e confortar as pessoas”, e que não tem “vara de condão” para realizar todas essas atividades sozinho.

“É o momento de olharmos pra frente. Se não conseguirmos salvar, temos que pelo menos aliviar o sofrimento. Se não conseguirmos salvar e aliviar o sofrimento, precisamos confortar as pessoas. Isso é a função milenar do médico. Tenhamos essa ciência aliada ao humanismo próprio das profissões da saúde”, disse.

“Não tenho uma vara de condão para resolver esse problema. Não sou aquele que vou trazer a solução, só posso trazer um elemento associado a todos os senhores do Congresso Nacional, que têm provido legislações, seja com liberação de determinadas medidas que eram vedadas pela legislação, que tem ajudado muito, seja com recursos têm ajudado muito”, discursou.

“Uma série de ações que dentro da harmonia com os poderes são muito úteis”, continuou o ministro.

O encontro na Câmara foi proposto pelos deputados Flávia Morais (PDT-GO), Adriana Ventura (Novo-SP), Vivi Reis (PSol-PA), Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Bira do Pindaré (PSB-MA).

Comitê contra a Covid-19

Mais cedo, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), Queiroga falou ao lado dos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), sobre as ações do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19.

Na ocasião, Marcelo Queiroga, afirmou, mais uma vez, que o Ministério da Saúde vai instalar uma secretaria extraordinária de enfrentamento à Covid-19.

“Essa secretaria visa mais agilidade nas medidas que vamos colocar em prática, conferir dados de maneira clara para que a sociedade possa números de óbitos, internações, disponibilidade de leitos, distribuição de insumos estratégicos”, complementou durante a audiência na Câmara.

Além disso, Lira e Pacheco afirmaram que o Congresso Nacional está trabalhando para a aprovação de uma lei que permite a compra de vacinas pela iniciativa privada.

Queiroga diz que o ministério da Saúde recebeu a proposta com “muita satisfação”. Ele também defendeu a possibilidade de oferta de leitos privados para pacientes de Covid-19 através de “compensações tributárias”, medida que também teria sido sugerida pelos presidentes das Casas Legislativas.

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Coletiva sobre a reunião do comitê de combate à Covid-19. Presidente da Câmara, Arthur Lira; presidente do Senado, Rodrigo Pacheco; e ministro da Saúde, Marcelo Queiroga
Novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga
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Coletiva sobre a reunião do comitê de combate à Covid-19. Presidente da Câmara, Arthur Lira; presidente do Senado, Rodrigo Pacheco; e ministro da Saúde, Marcelo Queiroga

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Covid-19 no Brasil

Na última terça-feira (30/3), o Brasil bateu mais um recorde no número de óbitos por Covid-19. Foram 3.780 óbitos no período de 24 horas, de acordo com levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Março de 2021 já é considerado o mês mais letal da pandemia no Brasil. Somente nos últimos 30 dias, o país registrou número de óbitos diários acima de 3 mil em quatro ocasiões.

Na terça-feira, a média móvel de mortes foi de 2.710. Ao todo, o Brasil perdeu 317.646 vidas para a Covid-19 e registrou 12.658.109 casos de infecção pelo novo coronavírus.

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