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Queiroga: “Mães brasileiras não estão preocupadas com monkeypox”

Na sexta-feira (29/7), o governo federal confirmou a primeira morte por varíola dos macacos no Brasil

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Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga participa do lançamento da campanha de amamentação. O ministro se exaltou ao ser questionado por jornalista sobre as vacinas para monkeypox. Ele disse que "as mães brasileiras não estão preocupadas com a monkeypox".
1 de 1 Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga participa do lançamento da campanha de amamentação. O ministro se exaltou ao ser questionado por jornalista sobre as vacinas para monkeypox. Ele disse que "as mães brasileiras não estão preocupadas com a monkeypox". - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, rebateu questionamentos sobre a varíola dos macacos durante lançamento da Campanha Nacional de Aleitamento Materno, nesta segunda-feira (1º/8). Para ele, as mães brasileiras “não estão preocupadas” com o surto da doença.

A pasta havia organizado uma coletiva de imprensa para esclarecer dúvidas sobre a monkeypox em gestantes e lactantes. No entanto, o evento foi cancelado. Questionado sobre a doença no país, o ministro se recusou a dar detalhes sobre o assunto.

“O tema é aleitamento materno. As mães brasileiras não estão muito preocupadas com monkeypox. Estão preocupadas em alimentar os seus filhos. Vamos falar sobre aleitamento. Pena que tem alguns assuntos que não interessam às pessoas”, disse o ministro.

Queiroga afirmou que existe uma “criação de narrativas” sobre problemas que envolvem o Ministério da Saúde. “Querem ficar o tempo inteiro com as mesmas narrativas, os mesmos enredos. A semana passada é que faltava medicamento. No mês de maio era que a gente tinha uma quarta onda da Covid. Agora são esses medicamentos pra monkeypox, vacinas”, disse.

Antiviral

Na manhã desta segunda, Queiroga anunciou, em uma rede social, que o Brasil receberá o antiviral tecovirimat, medicamento usado contra a varíola dos macacos. A compra será realizada por intermédio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

De acordo com o ministro, as primeiras remessas serão destinadas a “casos mais graves”. O objetivo é reforçar o enfrentamento ao surto que ocorre no Brasil. O último boletim registrado aponta 1.066 casos no Brasil.

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A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração
Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC),  "qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados"
Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na história
Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem
O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias
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Recentemente, diversos países têm registrado casos de pacientes diagnosticados com varíola de macaco, doença rara causada pelo vírus da varíola símia. Segundo a OMS, a condição não é considerada grave: a taxa de mortalidade é de 1 caso a cada 100. Porém, é a primeira vez que se tornou identificada em grande escala fora do continente africano

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A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração

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Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), "qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados"

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Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na história

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Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem

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O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias

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Por ser uma doença muito parecida com a varíola, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação

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Apesar de relativamente rara e transmissível, os especialistas europeus afirmam que o risco de um grande surto é baixo

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Em casos severos, o tratamento inclui antivirais e o uso de plasma sanguíneo de indivíduos imunizados

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Apesar de ter divulgado a aquisição, o ministro não informou quantas doses serão compradas nem o prazo para que o remédio chegue ao país. Durante o evento desta manhã, ele também evitou detalhar sobre o tema.

“Vamos conseguir uma quantidade inicial e posteriormente o departamento de assistência farmacêutica vai buscar medicamentos para atender as situações mais graves”, afirmou.

Na sexta-feira (29/7), o governo federal confirmou a primeira morte por varíola dos macacos no Brasil. O óbito foi registrado na quinta-feira (28/7), e a vítima era um homem de 41 anos, que faleceu em Belo Horizonte (Minas Gerais).

O paciente tinha câncer e baixa imunidade, quadro que foi agravado pela varíola. Ao Metrópoles o secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Arnaldo Medeiros, informou que não há outros óbitos em investigação.

 

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