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Queiroga insinua que Planalto barrou nomeação de secretária Luana Araújo

Durante audiência na Câmara dos Deputados, ministro disse que é “necessário ter validação técnica e política” para assumir cargo

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Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, participa da Audiência Pública da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados
1 de 1 Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, participa da Audiência Pública da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, insinuou que o Palácio do Planalto barrou a nomeação da infectologista Luana Araújo à Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19.

Em declaração dada durante audiência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (26/5), Queiroga disse que o nome de Luana Araújo foi enviado às “instâncias do governo”.

“A doutora Luana Araújo é uma pessoa qualificada, que tem condições técnicas para exercer qualquer função pública. E nós encaminhamos para as instâncias do governo. Ela não chegou a ser nomeada”, afirmou o cardiologista.

O titular da Saúde declarou que, para integrar cargos de confiança no governo, é necessário ter “validação técnica e política”. Ele citou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ao falar sobre a nomeação de profissionais para estas funções: “Nós vivemos num regime presidencialista. Eu fui indicado pelo presidente da República”.

“É necessário que exista validação técnica e que exista também validação política para todos os cargos que pertencem ao núcleo de cargos de confiança do governo, porque senão não há condição do presidente da República implementar as políticas públicas que são necessárias para o enfrentamento da pandemia de Covid-19”, continuou.

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“Todos veem que nós temos autonomia para conduzir o Ministério da Saúde e os resultados já estão aí, basta olhar. Quem julga o passado é a história. Nosso compromisso é com o futuro”, finalizou Queiroga.

A audiência na Câmara foi solicitada pelos deputados federais Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), Leo de Brito (PT-AC) e Vanderlei Macris (PSDB-SP). Os parlamentares pediram explicações de Queiroga sobre a situação das vacinas, dos leitos, dos medicamentos para intubação orotraqueal e sobre o planejamento para contenção da crise provocada pela Covid-19.

Luana Araújo

Após pouco mais de uma semana no cargo, a médica Luana Araújo pediu demissão do posto de Secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, estrutura recém-criada no Ministério da Saúde. A profissional anunciou sua desistência na sexta-feira (21/5) e a informação foi confirmada no sábado (22/5) pela pasta.

A nomeação de Luana não chegou a ser publicada no Diário Oficial da União (DOU), mas a escolha da infectologista para o comando da secretaria foi anunciada pelo próprio ministro, no dia 12 de maio, durante evento de lançamento da Campanha de Conscientização sobre Medidas Preventivas e Vacinação Contra a Covid-19.

Luana divulgou nota oficial se posicionando sobre a saída da pasta. “Neste curto período de atuação, ainda que sem nomeação oficial, pude desenvolver trabalhos em várias frentes, incluindo o plano de testagem agora apresentado pelo ministro da Saúde”, afirmou a médica.

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