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Queiroga diz que trabalha alinhado com Bolsonaro: “Ele não me pressiona”

Bolsonaro afirmou mais cedo que o ministro da Saúde fará parecer desobrigando uso de máscaras por vacinados e curados

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Presidente Jair Bolsonaro e o Ministro Marcelo Queiroga durante evento de Assinatura do contrato de transferência de tecnologia da AstraZeneca para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Brasília.
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro e o Ministro Marcelo Queiroga durante evento de Assinatura do contrato de transferência de tecnologia da AstraZeneca para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Brasília. - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse no início da noite desta quinta-feira (10/6) que a desobrigação do uso de máscaras ainda “está em estudos”. Ao contrário do que publicamos na primeira versão desse texto, o ministro afirmou que trabalha em perfeita sintonia com o presidente. Pedimos desculpas pelo erro.

“Eu sou ministro dele. Trabalhamos em absoluta sintonia”, disse Queiroga. “É assim que funcionam as democracias, os regimes presidencialistas. O presidente sempre nos aconselha de maneira muito própria, e eu levo para ele os subsídios para que tenhamos as melhores decisões em relação à saúde pública.”

Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que Queiroga estava fechando parecer para desobrigar o uso de máscaras por pessoas que já tiveram Covid-19 e por vacinados.

Questionado se a liberação para não uso de máscara já tem data para acontecer, o ministro disse: “Queremos que seja o mais rápido possível. Para isso, precisamos vacinar a população brasileira e avançar”.

O chefe do Executivo federal declarou também que a máscara se trata de um “símbolo com alguma utilidade”. Confira:

O presidente insistiu também em questionar o número oficial de mortes por Covid-19 no Brasil com base em um levantamento que foi desmentido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e a defender a cloroquina como tratamento para a doença, o que não tem comprovação científica.

Orientação da OMS

Com o andamento da imunização, alguns países optaram pela dispensa do uso de máscaras por pessoas vacinadas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), no entanto, pediu cautela aos governos. Segundo a OMS, a dispensa dos cuidados básicos, como o uso do protetor, só pode acontecer quando não há mais transmissão comunitária da doença e isso não depende apenas da vacinação.

“A pandemia não terminou, há muita incerteza com as novas variantes e precisamos manter os cuidados básicos para salvar vidas”, afirmou Maria van Kerkhove, líder técnica para a Covid-19 da OMS. “No caso de um país que deseja eliminar a obrigatoriedade da máscara, isso só deve ser feito no contexto de considerar tanto a intensidade de transmissão na área quanto o nível de cobertura vacinal”, ressaltou o especialista em emergências da organização, Mike Ryan.

O alerta foi feito no dia seguinte à decisão dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos que liberaram pessoas totalmente vacinadas da obrigatoriedade do uso de máscara ao ar livre e também em alguns ambientes internos.

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