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Queiroga diz que Bolsonaro foi mal interpretado em vídeo sobre aids

Ministro da Saúde defendeu o presidente. Declaração foi dada em Portugal, onde Queiroga cumpre agenda até o fim da semana

atualizado

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, na terça-feira (26/10), que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi mal interpretado ao relacionar vacinas contra a Covid-19 com diagnóstico positivo para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids).

A afirmação divulgada por Bolsonaro é falsa e não tem embasamento científico. O presidente deu a declaração durante transmissão ao vivo no YouTube, Facebook e Instagram. O vídeo foi retirado de todas as redes sociais.

Durante a transmissão ao vivo, Bolsonaro leu uma reportagem e disse que “relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados, aqueles com 15 dias após a segunda dose, estão desenvolvendo aids muito mais rápido que o previsto”, uma afirmação completamente distorcida da realidade.

Em entrevista à agência de notícias portuguesa Lusa, Marcelo Queiroga disse que o presidente havia afirmado que não estava “fazendo juízo de valor”. Para o cardiologista, os espectadores devem verificar o vídeo com atenção.

“O presidente Bolsonaro replicou uma notícia publicada numa revista de grande circulação nacional e, se as pessoas tiverem atenção de verificar o vídeo, ele diz ‘não vou fazer juízo de valor acerca do que está nessa matéria’”, afirmou.

Segundo Queiroga, foram criadas “narrativas de como o presidente é contra a vacina”. O ministro disse que o governo federal tem “um dos maiores programas de vacinação do mundo, com R$ 26 bilhões alocados”.

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Manifestação contra ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em Lisboa, Portugal
Manifestação contra ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em Lisboa, Portugal
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Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga

Igo Estrela/Metrópoles
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Manifestação contra ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em Lisboa, Portugal

Tainara Machado/Jornalistas Livres
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Manifestação contra ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em Lisboa, Portugal

Tainara Machado/Jornalistas Livres
Suspensão

Na segunda-feira (25/10), o YouTube suspendeu o canal de Jair Bolsonaro (sem partido) no site por uma semana, após o mandatário infringir as diretrizes da plataforma e publicar um vídeo com informações falsas.

A suspensão ocorre porque o presidente já havia recebido alerta em julho, quando teve removidos 15 vídeos “por violar as políticas de informações médicas incorretas sobre a Covid-19”. Caso reincida três vezes em 90 dias, Bolsonaro poderá ter seu canal banido.

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) divulgou uma nota no domingo (24/10) desmentindo Bolsonaro e afirmando que “não se conhece nenhuma relação entre qualquer vacina contra a Covid-19 e o desenvolvimento de Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (HIV/aids)”.

Viagem internacional

Marcelo Queiroga tem agenda na Europa até o fim da semana. Além da palestra realizada na Universidade de Lisboa, na terça-feira (26/10), o cronograma do cardiologista conta com reunião bilateral com representantes do Ministério da Saúde de Portugal e com visita técnica ao Centro de Contato do Serviço Nacional de Saúde e à Direção-Geral de Saúde.

Depois, ele segue para o Reino Unido, onde visitará o Centro de Vacinologia Clínica e Medicina Tropical da Universidade de Oxford e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da AstraZeneca, no Cambridge Biomedical Campus. Também vai participar de reunião bilateral com representantes da Secretaria de Estado para Saúde e Assistência Social.

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