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Queiroga critica Doria por dose de reforço em pessoas de 60 anos

Decisão de São Paulo vai contra as recomendações emitidas pelo próprio Ministério da Saúde sobre a dose de reforço

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Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga e o ministro de Relações Exteriores, Carlos França
1 de 1 Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga e o ministro de Relações Exteriores, Carlos França - Foto: Arthur Menescal/Especial para o Metrópoles

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou, na noite de quarta-feira (1º/9), a aplicação de dose de reforço contra a Covid-19 em pessoas de 60 anos, anunciada pelo governador de São Paulo, João Doria (PDSB).

A notícia foi compartilhada pelo gestor estadual em coletiva de imprensa durante a tarde de quarta. Segundo Doria, a vacina será aplicada a partir da próxima segunda-feira (6/9).

A decisão de São Paulo vai contra as recomendações emitidas pelo próprio Ministério da Saúde sobre a dose de reforço. Segundo o órgão, a vacina deve ser aplicada em pessoas de 70 anos ou mais, a partir do dia 15 de setembro.

Após o anúncio de Doria, o Ministério da Saúde emitiu uma nota afirmando que não garante a entrega de doses para estados e municípios que desrespeitarem as recomendações do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO).

Em entrevista à rede de televisão Band, Queiroga reforçou que “não há como garantir a entrega” de imunizantes se os entes federados não seguirem as medidas criadas pelo ministério.

“A gente assiste o MS tomar uma decisão através do Plano Nacional de Imunizações (PNI) para vacinar a partir do dia 15 [de setembro], a gente já verifica que determinados governadores antecipam o calendário, incluem pessoas acima de 60 anos quando a decisão do PNI foi 70 anos”, afirmou, em referência às medidas anunciadas por Doria.

“Como é que eu, como ministro da Saúde, posso garantir doses para esses esquemas vacinais que cada um dos secretários estaduais querem criar? Não é possível”, assinalou o cardiologista.

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Coronavac

Questionado sobre a utilização da vacina Coronavac, fabricada pelo Instituto Butantan, em São Paulo, Queiroga disse que o imunizante pode ser incorporado definitivamente ao PNI, desde que tenha registro definitivo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

No início da semana, o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que o Ministério da Saúde tem “descredenciado” o imunizante. A declaração foi dada no mesmo dia em que o laboratório anunciou o atraso na entrega de vacinas Coronavac ao PNI.

“O ministério tem dado notícias todos os dias no sentido de descaracterizar, descredenciar a Coronavac, então vamos repensar [a entrega dos imunizantes no prazo anunciado inicialmente]”, disse.

Sobre a polêmica acerca do fármaco, o ministro disse que não é responsável por decidir se o imunizante será incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS).

“Em relação à Coronavac, no momento em que a ela conseguir o registro definitivo na Anvisa, que não sou eu quem decide, o MS considera que essa vacina possa ser incorporada no calendário nacional. Basta que consiga o registro definitivo, apresente dados científicos à Conitec para que possamos fazer a análise, como foi feito com Pfizer e com AstraZeneca. É muito simples”, disse.

Em entrevista à Rede Record, Queiroga afirmou que a medida também vale para a vacina da Janssen, que, assim como a Coronavac, tem somente registro de uso emergencial junto à Anvisa.

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