Queiroga: consulta sobre vacinação não é para ouvir “opinião de zap”
A consulta sobre a vacinação de crianças de 5 a 11 anos de idade teve início nesta quinta-feira e ficará disponível até o dia 2 de janeiro
atualizado
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, nesta quinta-feira (23/12), que a consulta pública sobre vacinação infantil contra a Covid-19 não é para ouvir “opinião de grupo de zap”.
A consulta sobre a imunização de crianças de 5 a 11 anos de idade teve início nesta quinta-feira e ficará disponível até o dia 2 de janeiro de 2022.
Em conversa com a imprensa na sede do Ministério da Saúde, Queiroga disse que não se trata de uma “eleição” ou de uma “opinião de grupo de zap”, em referência ao aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp.
“A consulta pública visa ouvir a sociedade. Não é uma eleição. Isso não é para opinião de grupo de zap. Nós queremos ouvir a sociedade”, declarou.
O prazo da consulta foi divulgado no Diário Oficial da União (DOU) dessa quarta (22/12). Na publicação, a secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo, diz que as contribuições públicas devem ser “devidamente fundamentadas” e enviadas pelo site do ministério.
“A documentação objeto desta consulta pública e o endereço para envio de contribuições estão à disposição dos interessados no endereço eletrônico: https://www.gov.br/saude/pt-br a partir da data indicada para início da Consulta Pública”, consta na publicação.
A consulta pública foi anunciada pelo ministro da Saúde no último sábado (18/12). A expectativa é que seja realizada uma audiência pública sobre o assunto em 4 de janeiro e, no dia seguinte, o governo decida sobre a vacinação do público infantil.
Divergências
A vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19, com o imunizante da Pfizer, foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) há uma semana.
De acordo com a agência reguladora, a dosagem do imunizante será pediátrica, e o frasco terá cor diferenciada da fórmula para adultos. Apesar da autorização, cabe ao governo federal adquirir as doses e incluir crianças no Programa Nacional de Imunizações (PNI).
O assunto já foi rejeitado, em diversas ocasiões, pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Além disso, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defende que o tema não é consensual. Mesmo com respaldo científico da Anvisa, de entidades médicas e da Câmara Técnica que assessora o Ministério da Saúde, Queiroga acredita que a imunização das crianças ainda deve ser debatida.