Queiroga confirma segundo ataque hacker à Saúde: “De menor monta”
Sistemas de nuvem de órgãos governamentais foram alvo de invasão na sexta-feira (10/12). Não é possível emitir comprovante de vacinação
atualizado
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou um segundo ataque hacker ao Ministério da Saúde nesta segunda-feira (13/12). “Foi algo de menor monta e estamos trabalhando pra recuperar isso o mais rápido possível. Esse é o objetivo, estamos trabalhando aqui de maneira intensa pra que tudo seja reestabelecido”, afirmou.
“Aquele primeiro ataque não foi um ataque ao Ministério da Saúde. Aquilo foi a nível da Embratel e felizmente os dados não foram comprometidos”, explicou Queiroga. O titular da Saúde explicou que o prazo para retomada do ConecteSUS, definido para esta terça-feira (14/12), já não será cumprido.
“Houve esse outro ataque. Infelizmente somos vítimas dessas figuras que têm, de maneira criminosa, invadido o sistema. Tentado invadir, eles não conseguem invadir, mas tumultuam, atrapalham”, acentuou o ministro.
Na manhã desta segunda, a pasta afirmou que as instabilidades se tratavam de manutenção na intranet. Sem acesso aos sistemas, alguns servidores precisaram trabalhar de casa.
Em nota à imprensa, o órgão comunicou que conseguiu recuperar todos os dados referentes à vacinação contra a Covid e que nenhuma informação foi perdida.
Ataque na madrugada
O ataque hacker aos sistemas do governo federal ocorreu durante a madrugada de sexta-feira (10/12) e teria “sequestrado” cerca de 50 terabytes de dados relacionados à pasta. A organização Lapsus$ Group assumiu a autoria da invasão, de acordo com a mensagem deixada no site.
Em nota oficial, o órgão informou que uma série de sistemas foi afetada: e-SUS Notifica (sistema de notificação de casos de Covid), Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), ConecteSUS e funcionalidades, como a emissão do Certificado Nacional de Vacinação Covid-19 e da Carteira Nacional de Vacinação Digital, que estão indisponíveis no momento.
De acordo com a pasta, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Polícia Federal (PF) foram acionados e investigam o ataque. Além disso, o departamento de informática do Datasus trabalha para o restabelecimento dos serviços.
Outro lado
A Embratel, citada pelo ministro Queiroga, enviou nota à reportagem do Metrópoles após a publicação do texto negando que seja responsável pela gestão do ambiente tecnológico do Ministério da Saúde. Veja:
“Destacamos que a Embratel não é responsável pela gestão operacional do ambiente tecnológico do Ministério da Saúde sendo somente o broker de Cloud, provida por outro fornecedor. Estamos apoiando o Ministério no tratamento do incidente e a ocorrência está sendo analisada por nossa equipe, que segue também apoiando as autoridades nas investigações e prestando todo o suporte técnico necessário.”