1 de 1 Imagem colorida mostra ministro Saúde Marcelo Queiroga - Metrópoles
- Foto: Gustavo Moreno/Metrópoles
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, nesta segunda-feira (22/8), que aguarda autorização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a realização de um pronunciamento sobre a varíola dos macacos em cadeia nacional de rádio e televisão.
A declaração foi dada nesta manhã, durante lançamento da Campanha Nacional de Prevenção à Varíola dos Macacos. A ação ocorre após o ministro Edson Fachin, do TSE, autorizar a veiculação de peças publicitárias do governo federal sobre o tema até o dia 30 de agosto.
A realização da campanha precisou ser analisada pela Corte devido à legislação brasileira, que proíbe qualquer publicidade institucional que possa configurar o uso abusivo da máquina pública para promoção de governantes durante os três meses antes das eleições. Em sua decisão, Fachin afirmou que a divulgação da campanha é de interesse público.
De acordo com Queiroga, a campanha seguirá o prazo estabelecido pelo TSE. Porém, o Ministério da Saúde pedirá, caso seja necessário, autorização para estender a vigência da divulgação de conteúdos.
A ação será veiculada em TV, rádio, mídia exterior, locais de grande circulação de pessoas, páginas, portais da internet e redes sociais. A ação terá informações oficiais sobre a doença, “de forma didática, simples e direta”, informou o Ministério da Saúde.
O ministro também aguarda permissão da Corte para realizar um pronunciamento na televisão.
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A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), agência internacional dedicada a melhorar as condições de saúde dos países das Américas, destinou lotes de doses da vacina contra a varíola dos macacos a diversas nações, incluindo o Brasil. Segundo especialistas, o esquema vacinal dos imunizantes é de duas doses com intervalo de cerca de 30 dias entre elas
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Concebida para agir contra a varíola humana, erradicada na década de 1980, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação pela varíola dos macacos, por serem doenças muito parecidas
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Tanto o vírus causador da varíola humana quanto o causador da varíola dos macacos fazem parte da família "ortopoxvírus". A vacina, portanto, utiliza um terceiro vírus desta família, que, além de ser geneticamente próximo aos supracitados, é inofensivo aos humanos e ajuda a combater as doenças, o vírus vaccinia
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Homens que fazem sexo com outros homens e as pessoas que tiveram contato próximo com um paciente infectado foram consideradas prioritárias para o recebimento das doses
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Atualmente, existem duas vacinas em uso contra a varíola dos macacos no mundo: a Jynneos, fabricada pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic, e a ACAM2000, fabricada pela francesa Sanofi
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A Jynneos é administrado como duas injeções subcutâneas (0,5 mL) com 28 dias de intervalo. A resposta imune leva 14 dias após a segunda dose
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A ACAM2000 é administrado como uma dose percutânea por meio de técnica de punção múltipla com agulha bifurcada. A resposta imune leva 4 semanas
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A vacinação contra a mpox é uma estratégia indicada tanto para a prevenção e defesa quanto para ensinar o corpo a combater o vírus antes de uma infecção
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Devido ao aumento dos casos em diversos países, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a doença como emergência de saúde pública global
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Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem
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A transmissão do vírus ocorre, principalmente, por meio do contato com secreções respiratórias, lesões de pele das pessoas infectadas ou objetos que tenham sido usados pelos pacientes. Até aqui, não há confirmação de que ocorra transmissão via sexual, mas a hipótese está sendo levantada pelos cientistas
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O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias
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Casos
O boletim epidemiológico mais recente, atualizado pelo Ministério da Saúde no domingo (21/8), aponta que o país tem 3.788 casos positivos de varíola dos macacos. A maior parte dos registros é no estado de São Paulo, que concentra 2.506 pacientes.
Rio de Janeiro aparece logo em seguida no ranking, Em julho, a capita mineira, Belo Horizonte, registrou a primeira morte pela doença no Brasil. Trata-se de um homem de 41 anos. Ele tinha várias comorbidades, incluindo um câncer.