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Queimadura em Anitta: o que fazer após ataque de água-viva ou medusa

Nessa semana a cantora Anitta teve graves queimaduras em todo o corpo. Ao Metrópoles, biólogo dá dicas e esclarece dúvidas sobre água-viva

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1 de 1 imagem colorida. Água-viva no mar - Foto: Getty Imagens/ Yiming Chen

Nos últimos meses banhistas de todo o mundo têm sofrido com queimaduras de água-viva. Nessa semana a cantora Anitta passou um susto após ser “eletrocutada” e queimada por uma medusa em Ibiza, na Espanha.

Em abril, pelo menos 15 pessoas sofreram lesões por causa de águas-vivas em uma praia no Ceará. Ao Metrópoles, biólogo esclarece dúvidas e dá dicas acerca das queimaduras.

Na última quarta-feira (10/7), a cantora Anitta revelou nas redes sociais o momento de tensão que viveu no mar. “Uma dor nunca antes experimentada”, afirmou. A carioca teve queimaduras por todo o corpo.

“Eu lutei com ela. E nisso que dei um soco na medusa, ela me ‘coisou’ [queimou] aqui [braço]. Foi uma dor que nunca senti na minha vida, foi a coisa mais horrível. Eu fui eletrocutada, literalmente.”, desabafou.

 

 

Segundo o biólogo Vitor Sena, as águas-vivas não são animais que vão de encontro aos seres humanos, em que a maioria dos acidentes ocorre quando as pessoas encostam nos tentáculos da medusa por acidente. Vitor reforça que não há evidências conclusivas de um aumento significativo dos “ataques” de águas-vivas nos últimos anos, no qual existem “afloramentos sazonais” que podem variar.

Litoral brasileiro

Em abril, pelo menos 15 pessoas sofreram lesões por causa de águas-vivas na Praia da Taíba, no município de São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana de Fortaleza. De acordo com a prefeitura de São Gonçalo do Amarante, 11 dos feridos eram atletas que estavam na primeira etapa do Circuito Brasileiro Master de Bodyboarding 2024.

“As águas vivas podem ser encontradas em praticamente todo o litoral brasileiro e, em muitas praias do mundo, dependendo da época do ano e das condições ambientais”, esclarece Vitor Sena.

Segundo o Ministério da Saúde, no litoral brasileiro, as medusas que mais causam envenenamentos são a caravela Physalia physalis (caravela-portuguesa), hidromedusas Olindias sambaquiensis e a cifomedusa Chrysaora lactea. Elas possuem tentáculos que podem medir até 30 metros.

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Cifomedusa Chrysaora lactea. Uma das que mais causam envenenamento no Brasil - Metrópoles
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Medusa adulta. A água-viva Olindias sambaquiensis é comum no litoral Sudeste, sobretudo nos meses de inverno e primavera - Metrópoles

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Cifomedusa Chrysaora lactea. Uma das que mais causam envenenamento no Brasil - Metrópoles

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Caravela-portuguesa no mar - Metrópoles

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“Os sintomas incluem dor intensa, vermelhidão, formação de bolhas, e em casos graves, sintomas sistêmicos como náuseas, vômitos e espasmos musculares. A gravidade vai depender do tempo de contato e da extensão da área atingida”, explica o biólogo.

A Anitta revelou que foi “eletrocutada” durante o ataque da medusa, todavia, Sena explica que a espécie não dá choque elétricos. Os tentáculos das águas vivas possuem cnidócitos, que liberam veneno ao entrar em contato com a pele. “Isso pode causar queimação intensa e irritação, podendo aparecer marcas na pele também”, detalha Vitor Sena.

Após o acidente é importante remover os tentáculos com cuidado, utilizando luvas ou pinças para não tocar nos tentáculos. Sena recomenda lavar a área com vinagre para inativar os cnidócitos, aplicar compressas geladas para alívio da dor, e buscar assistência médica para a avaliação e tratamento adequado.

“Existe um mito do xixi para aliviar a queimadura, mas isso não é recomendado. É melhor seguir as orientações médicas para tratamento correto e evitar complicações”.

Confira dicas do Ministério da Saúde para evitar contato com água-viva

  • Evite áreas onde há presença de águas-vivas e caravela.
  • Pergunte ao guarda-vidas sobre a presença destes animais no local.
  • Alguns estados adotam uma bandeira lilás no posto do guarda-vidas como indicativo da presença de águas-vivas e caravelas.
  • Outro indicativo da presença de cnidários é o avistamento destes animais na areia da praia.
  • Não toque nestes animais, mesmo mortos.
  • Ao caminhar na praia, procure utilizar calçado, evitando assim pisar em tentáculos de águas-vivas e caravelas.
  • Ao praticar mergulho, considere utilizar roupa de mergulho que cubra a maior parte possível da pele.

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