metropoles.com

Queimadas no Pantanal tiveram alta de 898% neste ano, revela Inpe

Com chuvas abaixo da média para o período, o Pantanal registrou 880 focos de queimadas ao longo deste ano

atualizado

Compartilhar notícia

Getty Images/Lucas Ninno
Foto colorida de incêndio florestal no Pantanal - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de incêndio florestal no Pantanal - Metrópoles - Foto: Getty Images/Lucas Ninno

O Pantanal registrou alta de 898% nas queimadas nos primeiros cinco meses de 2024, em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 880 focos de incêndio, de janeiro a maio deste ano, contra 90 focos no mesmo período em 2023. Os dados são do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O valor acumulado de janeiro a maio deste ano é o segundo maior dos registrados nos últimos 15 anos, ficando atrás apenas de 2020, quando foram detectados 2.128 focos de incêndio.

As queimadas avançam pelo bioma enquanto a chuva está abaixo da média histórica. O período de seca no Pantanal tem início em maio, mas atinge o auge apenas em setembro.

“Em 2020, tivemos aquele fogo catastrófico, e as análises atuais mostram que os números de 2024 estão muito parecidos com os que tínhamos naquele ano. Felizmente, todos os setores e a sociedade pantaneira estão alertas porque têm consciência de que se nada for feito, há possibilidade da repetição de grandes incêndios. É preciso atuar rapidamente reforçando as brigadas e contando com o apoio das comunidades locais para evitar uma catástrofe”, destaca Cyntia Santos, analista de conservação do WWF-Brasil.

Impulsionado pelo fenômeno climático El Niño, responsável pelo aquecimento das águas do Pacífico, o Pantanal tem batido recordes de incêndios florestais desde o fim do ano passado.

As chuvas registradas nos primeiros meses de 2024 foram insuficientes para transbordar os rios e lagos localizados no Pantanal. O Rio Paraguai, por exemplo, atingiu níveis baixos para esta época do ano.

A estação de medição de Porto Murtinho (MS), do Rio Paraguai, manteve uma altura abaixo de 50 cm desde o início do ano, enquanto a altura normal costuma ser, em média, entre 250 e 550 cm no período, segundo o Serviço Geológico Brasileiro (SGB).

“Os rios estão com baixos níveis em diversas partes do bioma e há previsão de que o Rio Paraguai se mantenha esse ano dentro dos níveis mais baixos da história”, declarou Cynthia.

Por causa do baixo percentual de chuvas, o governo do Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência ambiental em 9 de abril, por 180 dias.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?