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Queimadas: Amazônia tem pior agosto desde 2010, indica Inpe

Bioma registrou 38.266 queimadas, número 120% maior do que o do mesmo período do ano passado, quando houve 17,3 mil registros

atualizado

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Marizilda Cruppe/Anistia Internacional
Imagem colorida mostra queimada de vegetação - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra queimada de vegetação - Metrópoles - Foto: Marizilda Cruppe/Anistia Internacional

O mês de agosto deste ano terminou com 38.266 queimadas na Amazônia. Em 2010, houve 45 mil focos de calor no bioma e desde então, os números não chegavam a este patamar, conforme o monitoramento realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O acompanhamento foi iniciado em junho de 1998.

Em agosto do ano passado houve 17.373 queimadas na Amazônia. Na comparação com o que aconteceu no ano passado significa um aumento de 120%.

No ano, a Amazônia tem 65.667 queimadas conforme os dados até o domingo (1º/9). O aumento é de 104%. No mesmo período do ano passado foram 32.145 registros do tipo.

O mês de setembro começou com uma marca preocupante. Foram 2.478 queimadas apenas no primeiro dia do mês. Setembro costuma registrar o pico de queimadas do ano para o bioma. A média é de 32,2 mil.

A área consumida pelo fogo na Amazônia de 1º de janeiro até o dia 27 agosto equivale a 49,19 quilômetros quadrados. É uma área maior do que a do estado do Rio de Janeiro, que tem 43,69 quilômetros quadrados.

Proporcionalmente, o Pantanal é o bioma com mais aumento nas queimadas. Em 2023, de 1º de janeiro a 1º de setembro houve 408 queimadas. Neste ano, no mesmo período são 9.175 registros do tipo, o que representa um acréscimo de 2.148%.

Seca

A alta acontece em um cenário de avanço da seca no bioma e em outras regiões do país.  Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) calculou que 17 unidades da federação experimentam a pior seca em 44 anos.

A seca tem relação com a atuação do El Niño no último período chuvoso. Em muitas localidades, os índices de precipitação ficaram abaixo da média. Com isto, ao iniciar a estiagem, a seca se estabeleceu com mais força.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, tem afirmado que trata-se de uma situação diferenciada da de outros anos, pois houve redução de 45,7% no desmatamento na Amazônia no último ano.

“O que temos aqui é um governo que já tem uma situação que já está trabalhando há mais de dois meses, uma série de medidas que vem sendo tomada, inclusive do ponto de vista legal, diminuindo o interstício para a contratação de brigadistas, mudando a legislação para apoio externo, caso seja necessário”, pontuou a titular do Meio Ambiente.

O fator climático também tem sido lembrado pelo MMA. “Os incêndios florestais no Brasil e em outros países da América do Sul são intensificados pela mudança do clima, que causa estiagens prolongadas em biomas como o Pantanal e Amazônia”, afirmou o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) no último boletim sobre o combate ao fogo.

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