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Falha no antigelo é hipótese mais provável para acidente da VoePass

Especialista acredita que curva fez com que houvesse colapso na sustentação que já era afetada pela formação de gelo

atualizado

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Imagem colorida mostra avião com 62 pessoas cai em Vinhedo, no interior de São Paulo
1 de 1 Imagem colorida mostra avião com 62 pessoas cai em Vinhedo, no interior de São Paulo - Foto: Reprodução

O avião da VoePass que caiu em São Paulo no dia 9 de agosto perdeu sustentação, conforme o relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), logo após iniciar uma curva de 32 graus à direita. A manobra foi autorizada pelo controle de voo e é um procedimento normal. 

O motivo da alteração da direção era o tráfego aéreo. O ATR-72 estava a 17 mil pés, mas no mesmo sentido de uma aeronave da Latam, que voava a 15 mil pés. Como o ATR-72 foi autorizado pela torre de controle a fazer a descida para o pouso, era necessária a mudança de direção, orientada pelo controlador.

O aviador da reserva da Força Aérea Brasileira (FAB) e especialista em Segurança Operacional Fernando Siqueira analisou as informações do relatório do Cenipa, apresentadas nesta sexta-feira (6/9). Para ele, o gelo e o não funcionamento do sistema antigelo é a hipótese mais provável para o desfecho trágico do voo.

“(Os pilotos) ligaram o sistema antigelo e, segundo as informações do Cenipa, o sistema não funcionou como deveria. Eles ligaram e desligaram algumas vezes o sistema antigelo e não funcionou como deveria”, afirma Siqueira. O relatório aponta que o dispositivo foi acionado três vezes e desligado duas, sendo que estava acionado até o momento da colisão com o solo.

O especialista explica que o gelo pode interferir na sustentação dos aviões. “As aeronaves funcionam com questão aerodinâmica, ou seja, tem de haver perfeita fluidez das correntes de vento por debaixo e por cima da asa, de forma que tenha resultantes positivas e traga sustentação da aeronave: que a pressão de baixo das asas seja maior do que a pressão por cima das asas.”

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O piloto Danilo Santos Romano
Edilson Hobold, 52 anos, árbitro internacional (FIJA) de judô, está entre as vítimas da queda do avião da Voepass Linhas Aéreas, em Vinhedo (SP)
Casal morreu em acidente aéreo na cidade de Vinhedo
Professor morto em acidente aéreo completaria 48 anos em dois dias
Humberto de Campos Alencar e Silva, o co-piloto do avião, e Rubia Silva de Lima,  comissária de bordo
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Parte das vítimas do acidente que acabou com 62 pessoas mortas

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O piloto Danilo Santos Romano

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Edilson Hobold, 52 anos, árbitro internacional (FIJA) de judô, está entre as vítimas da queda do avião da Voepass Linhas Aéreas, em Vinhedo (SP)

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Casal morreu em acidente aéreo na cidade de Vinhedo

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Professor morto em acidente aéreo completaria 48 anos em dois dias

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Humberto de Campos Alencar e Silva, o co-piloto do avião, e Rubia Silva de Lima, comissária de bordo

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Vítima registrou momento de embarque em avião que caiu em Vinhedo

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Maria Auxiliadora era conhecida como Dora e trabalhou a vida toda na Apae de Guaratinguetá e José Cloves era fotógrafo

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Debora Soper Avila, de 29 anos, era comissária de avião da Voepass

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Ex-goleiro de futsal e esposa fisioterapeuta estavam entre as vítimas de acidente aéreo

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A menina Liz Ibba dos Santos, de 4 anos, está entre as vítimas do acidente aéreo de Vinhedo. Ela estava acompanhada do pai, Rafael Fernando dos Santos

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Laiana morreu no acidente

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Professora está entre as vítimas fatais de queda de avião em Vinhedo

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A farmacêutica Eliane Andrade Freire estava indo visitar a família

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Laiana Vasatta

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Morador de Jacareí, Copetti foi uma das 62 vítimas da queda de um avião em Vinhedo (SP). José Carlos deixa esposa e dois filhos

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A cadelinha Luna

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Constantino The Maia é a 62 vítima identificada

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Rafael Fernando dos Santos e a filha Liz Ibba dos Santos

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Para ele, mesmo com gelo, mas com as asas niveladas, o ATR-72 se mantinha sob controle, o que mudou com a curva que era necessária. “Quando ela curvou à direita, para proar (posicionar) na direção “Sampa” (um ponto específico no caminho do pouso) e iniciou a descida, a sustentação da aeronave mudou. Ela perde sustentação e efetua uma curva brusca à esquerda. Certamente, os pilotos reagiram à esta perda de sustentação, iniciaram uma curva à direita e, após isto, (começa) o parafuso”, detalha ao descrever a situação de “parafuso-chato“, na qual o avião roda no ar.

O relatório do Cenipa apurou que a aeronave decolou de Cascavel (PR) em condições normais de voar. No entanto, um dos pilotos comentou, logo após a decolagem, sobre o não funcionamento do sistema de proteção contra gelo. Além disto, durante o trajeto, há um momento em que um deles diz “bastante gelo”.

A informação de áudio dos pilotos sobre a suposta inoperação do sistema antigelo, diz o Cenipa, não corrobora com os dados do computador de voo, recuperados em uma das caixas-pretas. O Cenipa busca esclarecer se, durante o voo, o sistema de proteção contra gelo funcionou com eficácia.

“Existiam diversos computadores que estavam preservados, apesar, é importante lembrar que isto é fruto de um acidente aeronáutico, material retorcido. É um material de futura análise (os computadores) que poderá ou não, estando disponível, aprofundar a nossa investigação se estes sistemas estavam ou não efetivamente funcionando no voo que levou ao acidente”, afirmou o chefe do Cenipa, brigadeiro do ar, Marcelo Moreno.

O relatório do Cenipa conseguiu estabelecer até o momento a dinâmica da queda. Agora, o foco se volta pra questões como o funcionamento da proteção contra gelo e o motivo de cada ação dos pilotos, controladores de voo, entre outros detalhes.

O avião modelo ATR-72, da Voepass, partiu, em 9 de agosto, de Cascavel (PR) às 11h46 e tinha como destino o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, às 13h40. Porém, perdeu sustentação em voo e colidiu com o solo às 13h22, em Vinhedo (SP). Morreram 62 pessoas.

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