Quatro em cada 10 empresas que quebraram foram atingidas pela pandemia
Entre os 2,7 milhões de negócios sobreviventes no período, 70% alegaram que a pandemia teve um impacto negativo
atualizado
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Levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quinta-feira (16/7), mostra que quatro em cada 10 empresas que fecharam as portas em junho precisaram interromper as atividades por conta da pandemia do novo coronavírus. Das 1,3 milhão, 39,4% estavam com as vendas encerradas na primeira quinzena de junho devido à crise.
Os dados fazem parte da primeira etapa da “Pesquisa Pulso-Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas”. Entre os 2,7 milhões de negócios sobreviventes no período, 70% alegaram que a pandemia teve um impacto negativo. Outros 16,2% consideraram que o efeito foi pequeno ou inexistente e somente 13,6% afirmaram que a doença trouxe consequências positivas e oportunidades.
Segundo a pesquisa, os setores mais atingidos foram: serviços (74,4%), indústria (72,9%), construção (72,6%) e comércio 65,3%. Além disso, entra as 4 milhões de empresas em funcionamento, 67,4% trabalharam igual ou parcialmente, enquanto 17,6% encerraram as atividades em definitivo.
Quarentena
A pesquisa também revelou as mudanças de comportamento das atividades no início da quarentena e nas primeiras semanas de junho. Sete em cada 10 empresas em funcionamento sofreram diminuição das vendas ou serviços prestados. O impacto foi maior naquelas de pequeno porte.
Entre os setores com maior redução nas vendas estão: construção (73,1%), serviços (71,9%), serviços prestados a famílias (84,5%) e comércio (70,8%), com destaque para a venda de veículos, peças e motocicletas (75,5%). Na indústria, 65,3% das empresas reportaram redução nas vendas.
Além disso, cerca de 60% dos negócios em funcionamento mantiveram o número de funcionários na primeira quinzena de junho em relação ao início da pandemia. Dentre as que reduziram o quadro de pessoal ocupado, 37,6% reportaram uma redução inferior a 25% e 32,4%, uma diminuição entre 26% e 50%.
Cerca de 13% das empresas recorreram a uma linha de crédito emergencial para pagar os funcionários e 44,5% precisaram adiar o pagamento de impostos.