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Quatro dias após morrer, “Tio Paulo” é enterrado no Rio de Janeiro

O corpo de Paulo Roberto foi levado à uma agência por uma mulher que tentou fazer um empréstimo de R$ 17 mil em nome dele

atualizado

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Imagem colorida de Érika e tio Paulo em agência do Rio de Janeiro - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de Érika e tio Paulo em agência do Rio de Janeiro - Metrópoles - Foto: Reprodução

Após caso que ganhou repercussão internacional, o corpo Paulo Roberto Braga, o “Tio Paulo”, foi enterrado neste sábado (20/4), no Cemitério de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. O funeral ocorreu quatro dias após o homem de 68 anos morrer e ser levado a uma agência bancária, na última terça (16/4).

Uma mulher, identificada como Erika de Souza Vieira Nunes, levou o homem morto, supostamente tio dela, até uma agência bancária do Itaú em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro e tentou pegar um empréstimo no valor de R$ 17 mil em nome dele.

Os funcionários da agência suspeitaram do caso, devido à aparência do homem, resolveram filmar a ação da mulher. Nas imagens, ela aparece segurando a cabeça do cadáver, que estava em uma cadeira de rodas e pede para ele assinar a documentação para obter o dinheiro.

Veja: 

Além de parente, Erika declarou-se cuidadora de Paulo. Ela foi presa em flagrante e autuada por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver.

Em entrevista ao Metrópoles, a defesa da acusada confirmou que a cliente pediu uma corrida no início da tarde para chegar até a agência bancária que fica em um shopping de Bangu, na zona oeste da capital fluminense.

Imagens de câmeras de monitoramento mostram o momento em que a mulher chega ao shopping, pega uma cadeira de rodas e anda com o homem pelos corredores até a agência.

Veja: 

Erika alega que homem morreu na agência

Em depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ), Erika alegou que, embora debilitado, o tio estava vivo quando chegou à agência.

Ela contou que teria ido ao banco a pedido do homem de 68 anos, que precisava retirar um empréstimo de R$ 17 mil, solicitado em 25 de março deste ano, para comprar uma televisão e realizar uma reforma na casa em que residia.

A versão de que o homem havia chegado vivo à agencia bancária foi derrubada pela polícia. As investigações indicaram que Paulo já estava morto há, pelo menos, duas horas.

Contudo, a perícia não conseguiu concluir se o idoso foi levado ao banco já morto.

“O perito não tem elementos seguros para afirmar do ponto de vista técnico e científico se o sr. Paulo Roberto Braga faleceu no trajeto ou interior da agência bancária, ou se foi levado já cadáver à agência bancária”, informou a Polícia Civil. O caso está em andamento na 34ª DP de Bangu.

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