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Quase 4 milhões de brasileiros vivem em áreas de risco de deslizamento

Levantamento do SGB mapeou a maior parte de áreas de risco em Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo

atualizado

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Corpo de Bombeiros/Divulgação
Imagem colorida: encosta com deslizamento sobre casas - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida: encosta com deslizamento sobre casas - Metrópoles - Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

O Brasil tem 3,9 milhões de pessoas vivendo em áreas de risco de deslizamento e inundações. Segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), esses moradores estão espalhados em 13.297 áreas de risco e, 4 mil delas, são classificadas como “risco muito alto” de serem danificadas por fenômenos naturais.

O painel do órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia mostra que os estados mais impactados são Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo.

O coordenador executivo do Programa de Cartografia de Áreas de Risco Geológico, Julio Lana, geólogo pesquisador do Serviço Geológico, explica que isso pode ser explicado pelo fator geológico de relevo das regiões.

“Esses estados têm grande parte do relevo caracterizado por áreas bastante montanhosas, os municípios estão parcialmente assentados sobre terrenos inclinados, morros e regiões serranas e naturalmente são áreas sujeitas a processos de instabilização de encostas – os deslizamentos. Além disso, são estados que têm [áreas] hidrográficas consideráveis, com rios bastante importantes e grandes terrenos ocupados nas margens desses rios, o que sujeita a população a sofrer com os eventos de inundação”, explicou Lana.

No entanto, o mapa não contempla todas as cidades brasileiras, apenas as 1.600 cartografadas. Segundo Julio Lana, é importante ressaltar que Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo são os estados com mais cidades cartografadas, o que ajuda a explicar o fato de terem as mais áreas de risco identificadas.

Ainda segundo o pesquisador do SGB, o mapeamento é feito para identificar as áreas que estão sujeitas à danos de fenômenos naturais, para que ações de prevenção sejam planejadas.

“Quando esse mapeamento é finalizado, ele é enviado para a Defesa Civil e outras instituições do poder público responsáveis por tomar medidas de prevenção, como, por exemplo, realizar as ações de monitoria, alerta, desenvolver políticas públicas para promover o ordenamento territorial, ou seja, para evitar que novas áreas de risco surjam nesses municípios. São as principais medidas de prevenção que esperamos que sejam tomadas em decorrência do mapeamento”, afirmou Lana.

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