Quarentena depende do “compromisso” de cada pessoa, diz Conasems
Representante do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde declarou que cidadão pode responder legalmente caso não cumpra a regra
atualizado
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O secretário-executivo do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Junqueira, declarou que a quarentena de passageiros não vacinados que cheguem no Brasil depende do “compromisso” de cada um – que pode responder legalmente caso não cumpra a regra.
Uma portaria interministerial que define as regras para a entrada de viajantes do exterior no Brasil, publicada pelo governo federal, determinou que a partir de sábado (11/12), viajantes que entrarem no país por via aérea precisarão fazer quarentena de 5 dias se não apresentarem comprovante de vacina.
Além disso, o exame PCR com resultado negativo para Covid-19 continuará sendo exigido.
De acordo com as novas medidas, se o viajante não tiver um comprovante de vacinação – ou se tiver recebido a dose única ou a segunda dose menos de duas semanas antes da viagem – ele só poderá entrar no território brasileiro se cumprir a quarentena de cinco dias na cidade do seu destino final e no endereço registrado na Declaração de Saúde do Viajante (DSV).
Em entrevista, Junqueira afirmou que “a responsabilidade será do próprio cidadão de se comprometer com o documento assinado na hora do embarque, documento do viajante, onde ele se compromete a fazer essa quarentena”.
Cumprido os cinco dias, o passageiro deverá fazer um novo teste para detectar a Covid. Se o resultado for não detectável ou negativo, a pessoa fica liberada da quarentena.
Conforme a portaria
Ainda conforme a portaria divulgada, os dados das pessoas em quarentena serão enviados ao sistema nacional dos Centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs). O Cievs nacional enviará as informações aos Cievs locais, que farão a vigilância de cada pessoa.
“A rede de monitoramento instalada no SUS está em todos os municípios, nos 5.570 municípios, e o Cievs, que é esse centro referência, vai fazer o acompanhamento e informar os municípios”, explicou Mauro Junqueira.
Entretanto, o secretário-executivo reforçou que o protocola também depende do comprometimento dos turistas e moradores.
“Ele assina um compromisso neste documento quando vem para o Brasil e está sujeito a penalidade civil, a deportação e outras penalidades se não houver o cumprimento”, afirmou.
“Obviamente, num país continental que nem o Brasil, vai ficar muito a critério do cidadão de ter esse compromisso”, concluiu o representante do Conasems.