Quais possíveis adversários de Bolsonaro em 2022 mais engajam no Twitter?
Análise comparou as postagens de sete nomes que podem enfrentar o atual presidente na próxima eleição
atualizado
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A campanha presidencial ainda não começou formalmente, mas diversos nomes já estão se movendo de olho nas eleições de 2022. O último a tocar no assunto foi o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), que admitiu a possibilidade em um programa de televisão na quinta-feira (23/7).
Como ficou evidente nas últimas eleições, as redes sociais passaram a ter um papel preponderante na corrida pelo Palácio do Planalto. Diante disso, o (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, analisou as postagens de sete possíveis candidatos para descobrir quem mais gera engajamento.
Os presidenciáveis analisados foram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , o ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT), o apresentador de televisão Luciano Huck, o governador de São Paulo João Doria (PSDB), o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), o ex-ministro da Justiça Sergio Moro e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM).
A primeira vista, o campeão disparado seria Luciano Huck. Ele lidera com folga quando o quesito é o número de seguidores no Twitter. São 13,1 milhões. Em um distante segundo lugar está Sergio Moro, com 3,2 milhões. Fernando Haddad está em terceiro com 2 milhões. Completam a lista Lula (1,9 milhão), João Doria (1,2 milhão), Ciro Gomes (1 milhão) e Luiz Henrique Mandetta (809 mil).
Essa liderança, entretanto, não se reflete quando o assunto é o engajamento. De todos os 477 dias analisados, Moro foi o que mais esteve na frente. O ex-juiz da Lava jato teve o maior relacionamento com os seguidores em 427 dias, ou 89,5% do tempo. Em segundo lugar vem Haddad, com 38 dias na liderança (8% do total). Também estiveram na frente por pelo menos um dia Mandetta (7, ou 1,5% do total) e Lula (5, ou 1%).
O gráfico a seguir deixa bem nítida a diferença. A linha que representa Moro está quase sempre acima das demais. Chega a ser difícil discernir a quem pertence alguns dos traços com menor engajamento tamanha a diferença. É possível selecionar qualquer um dos presidenciáveis para uma análise individual ou comparações específicas.
O maior pico nos engajamento aconteceu em 24 de abril deste ano, quando o ministro Sergio Moro anunciou a sua demissão do posto de ministro da Justiça do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
A permanência do Diretor Geral da PF, Maurício Valeixo, nunca foi utilizada como moeda de troca para minha nomeação para o STF. Aliás, se fosse esse o meu objetivo, teria concordado ontem com a substituição do Diretor Geral da PF.
— Sergio Moro (@SF_Moro) April 24, 2020
O segundo maior engajamento aconteceu em março de 2020 quando Haddad atacou a condução da crise gerada pela pandemia de coronavírus pelo presidente Jair Bolsonaro.
É duro ter que lidar com um vírus e um verme, simultaneamente.
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) March 23, 2020
Metodologia
Mediu-se o engajamento a partir da média da soma de curtidas, repostagens e respostas por postagem. Analisou-se os tweets publicados a partir de 4 de abril de 2019 quando o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, criou um perfil no Twitter. Em seguida, para evitar o impacto de sazonalidades, como o dia da semana em que a mensagem entrou na rede social, calculou-se a média móvel dos últimos sete dias.