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PT pede arquivamento do PL da Anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro

Pedido é entregue a Lira depois de a PF descobrir plano de militares para assassinar o presidente Lula, o vice Alckmin e o ministro Moraes

atualizado

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Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
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1 de 1 Foto colorida do Plenário da Câmara dos Deputados tributária carne - Metrópoles - Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

O Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados apresentou, nesta quarta-feira (20/11), um requerimento ao presidente da Casa Legislativa, Arthur Lira (PP-AL), para o arquivamento do Projeto de Lei (PL) nº 2.858/2022, que prevê a anistia aos envolvidos nas manifestações antidemocráticas de 8 de janeiro de 2023.

O pedido foi apresentado pela presidente nacional do partido, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), e pelo líder do PT na Câmara, Odair Cunha (MG). A medida é tomada depois de a Polícia Federal (PF) prender quatro militares e um policial federal por articularem um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB); e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O PL da Anistia visa conceder o benefício aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.

“Além de demonstrar a gravíssima trama criminosa dos chefes do golpe, que poderiam vir a se beneficiar da anistia proposta, a perspectiva de perdão ou impunidade dos envolvidos tem servido de estímulo a indivíduos ou grupos extremistas de extrema direita, afirmam os deputados”, diz trecho da nota divulgada pelo PT.

A proposta chegou a ser colocada como moeda de troca para apoiar a candidatura do líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), para sucessão de Arthur Lira, em fevereiro de 2025, enquanto tramitava na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Todavia, o presidente da Casa retirou o projeto do colegiado e criou uma comissão especial para discutir o mérito.

A matéria é uma das principais bandeiras dos deputados ligados ao ex-presidente Bolsonaro, que criticam as condenações do STF aos envolvidos nos atos antidemocráticos.

O arquivamento da proposta ganhou força ainda na semana passada, depois que Francisco Wanderley Luiz, 59 anos, jogou explosivos contra a sede do STF na noite de quarta-feira (13/11) e morreu na sequência.

“Os recentes e gravíssimos acontecimentos relacionados com o objeto de deliberação do presente projeto de lei configuram inquestionável perda de oportunidade, de maneira que se faz necessário o seu arquivamento. É o caso dos atentados a bomba ocorridos na Praça dos Três Poderes, bem como os fatos revelados pelo Supremo Tribunal Federal no dia de hoje, tocantes à existência de um plano para assassinar o presidente da República”, argumentam Gleisi e Odair no pedido de arquivamento.

Punhal Verde e Amarelo

Na terça-feira (19/11), Alexandre de Moraes autorizou a operação da PF para prender os envolvidos no plano “Punhal Verde e Amarelo”, com a trama das mortes de Lula, Alckmin e do ministro do STF, que tinham como intuito a manutenção de Bolsonaro no poder.

Foram presos o general da reserva Mário Fernandes; o tenente-coronel Helio Ferreira Lima; o major Rodrigo Bezerra Azevedo; o major Rafael Martins de Oliveira; e o policial federal Wladimir Matos Soares.

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