PT exige cassação do mandato de Bia Kicis por incitar motim na Bahia
Em nota de repúdio, o partido classifica a atitude da parlamentar como “criminosa” e “irresponsável”
atualizado
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O Partido dos Trabalhadores do Distrito Federal (PT-DF) divulgou uma nota de repúdio contra a deputada Bia Kicis (PSL-DF) por incitar, em suas redes sociais, motim contra o governador da Bahia, Rui Costa (PT), após a morte de um policial militar.
O partido pede a imediata abertura de processo de cassação do mandato da parlamentar, atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados.
Na publicação, divulgada nessa terça-feira (31/3), o partido classifica o ato de Kicis como “criminoso” e “irresponsável”. ”
A deputada federal, que atualmente preside a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, por meio de postagem em suas redes sociais, insinua, de forma mentirosa, que o policial militar “morreu porque se recusou a prender trabalhadores”, diz um trecho.
Entenda o caso
O PM Wesley Soares Góes apresentou surto psicótico e disparou tiros para o alto e contra uma equipe de colegas na tarde do último domingo (28/3), no Farol da Barra, em Salvador. Ele foi baleado no início da noite, após mais de três horas de negociação.
Segundo o comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) major Cledson Conceição, o homem “alternava entre momentos de lucidez e loucura, e não falava coisas com sentido”.
O incentivo da parlamentar, publicado nessa segunda-feira (29/3) em seu Twitter e apagado pouco depois, veio após a morte do PM.
“Soldado da PM da Bahia abatido por seus companheiros. Morreu porque se recusou a aprender trabalhadores. Disse não às ordens ilegais do governador Rui Costa da Bahia. Esse soldado é um herói. Agora, a PM da Bahia parou. Chega de cumprir ordem ilegal”, escreveu Kicis.
“Longe de ter sido uma ação contra as medidas de ‘lockdown’ adotadas pelos Governadores de vários Estados brasileiros, frente aos novos recordes de contaminação e mortes por conta do Covid-19, como insinua a Deputada Federal, o que está por trás das fortes imagens divulgadas nas redes sociais e principais jornais é a necessidade de se avaliar as condições de trabalho e o condicionamento que o militarismo impõe aos profissionais de segurança pública (também trabalhadores), muitas vezes levados aos limites de suas condições físicas e psicológicas”, completa a nota.