PT critica privatizações e pede “recuperação da Eletrobras”
PT listou pontos prioritários para a sigla em reunião, entre eles, privatizações. Resolução do diretório nacional foi divulgada nesta quint
atualizado
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Em resolução divulgada nesta quinta-feira (16/2), o diretório nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) criticou as privatizações de empresas públicas e pediu a “recuperação da Eletrobras”. A antiga estatal foi privatizada durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL) à frente do Poder Executivo.
O texto serve como uma orientação aos filiados e foi aprovado em reunião do partido na última segunda e divulgado nesta quinta.
“É imperativo elevar a taxa de investimentos públicos e privados e reduzir o custo do crédito a fim de avançar com uma reindustrialização nacional de novo tipo, acoplada aos novos desenvolvimentos da ciência e da tecnologia. Faz parte desse esforço o desafio de reverter a desnacionalização do nosso parque produtivo e modernizá-lo”, consta no texto.
Banco Central
No texto, o PT também reafirmou as críticas à taxa de juros e à meta de inflação praticadas pelo Banco Central (BC). A resolução ressalta o discurso crítico adotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas últimas semanas contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
“O programa de governo apresentado pelo presidente Lula, aprovado nas urnas e constantemente reiterado pelo próprio presidente, prevê uma política econômica que permita o crescimento econômico, por isso é essencial a queda nas taxas de juros praticadas pelo Banco Central bem como a revisão das metas de inflação”, consta na resolução.
O texto divulgado pelo partido afirma que a justificativa de Campos Neto para a taxa de juros adotada pelo BC é “leviana e inverídica”. De acordo com o diretório, as bancadas do PT na Câmara dos Deputados e no Senado Federal pedirão a convocação de Campos Neto para debater a política do BC.
A sigla também pontuou que “sempre se posicionou contrariamente” à autonomia do Banco Central, aprovada pelo Congresso Nacional em 2019.
Atos golpistas e Bolsonaro
A resolução também culpou Jair Bolsonaro e os apoiadores pelos atos golpistas de 8 de janeiro. O partido pediu responsabilização de todos os envolvidos, incluindo militares.
“Porém se engana quem avalia que o fascismo deixará de rondar nosso país. Os quatro anos de Bolsonaro permitiram que o “ovo da serpente” fosse chocado, gerando um ambiente de violência, ódio, intolerância e discriminação na sociedade brasileira. Por isso, seguir na luta pela culpabilização e punição de todos os envolvidos, inclusive os militares”, divulgou a sigla.