PSol pede ao STF bloqueio das redes sociais e prisão de Bolsonaro
Pedido será protocolado nesta quarta-feira (11/1) e acontece após nova publicação de Bolsonaro com informações falsas sobre as urnas
atualizado
Compartilhar notícia
A bancada federal do PSol pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão preventiva e o bloqueio das contas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais. A petição foi protocolada na tarde desta quarta-feira (11/1).
O anúncio foi feito pela líder do partido na Câmara dos Deputados, Sâmia Bomfim (SP): “Como líder do PSol, pedirei o bloqueio das redes sociais de Jair Bolsonaro diante de mais uma demonstração golpista. Durante a madrugada, o ex-presidente postou vídeo com fake news sobre as eleições. Reforçaremos também nosso pedido de prisão preventiva do fascista. Sem anistia!”, escreveu a parlamentar.
A publicação citada por Bomfim foi postada por Bolsonaro na noite de terça-feira (10/1), com informações falsas que levam ao descrédito das urnas eletrônicas e do sistema eleitoral brasileiro.
Além da suspensão de contas nas redes sociais e a prisão do ex-presidente, o Psol ainda solicitou a quebra de sigilo telefônico e telemático; busca e apreensão e provas e documentos para evitar qualquer tipo de destruição ou ocultamento de indícios criminosos e a apreensão do passaporte do ex-Presidente.
O documento encaminhado ao STF, a sigla afirma que “é evidente que Jair Bolsonaro vem utilizando suas redes sociais de maneira a coordenar sua base terrorista, motivo pelo qual pugnam os requerentes, a fim de evitar a incitação de novos atos como os ocorridos em 08/01/2023, a imediata suspensão de todos os seus perfis, sendo o investigado proibido de se continuar seu processo de incitação ao crime”.
Fake News
Em vídeo compartilhado por Jair, o procurador bolsonarista do Mato Grosso do Sul Felipe Gimenez afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi “escolhido pelo serviço eleitoral e pelos ministros do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral”.
Após a repercussão negativa, a publicação foi excluída das redes sociais do ex-presidente, que encontra-se, atualmente, na Flórida (EUA), para onde foi no fim do ano para tirar férias.
Durante o mandato, Bolsonaro duvidou da efetividade do sistema eleitoral diversas vezes e insuflou em seus apoiadores o mesmo comportamento. Depois de ser derrotado nas urnas pelo candidato petista, o PL, partido de Bolsonaro, chegou a solicitar que o resultado de urnas antigas utilizadas no segundo turno fosse desconsiderado.
A ação, porém, foi negada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes, que apontou tentativa de tumultuar o processo eleitoral sem provas concretas e multou a sigla em R$ 22,9 milhões.