PSL apoiará Rodrigo Maia na Câmara e lançou Major Olímpio ao Senado
Posição sobre presidência da Câmara ocorreu em reunião pela manhã na casa de Maia. Candidato ao Senado considera disputa uma “missão”
atualizado
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O presidente do PSL, deputado federal Luciano Bivar (PE), passou a manhã reunido com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na residência oficial da Câmara dos Deputados, na Península dos Ministros. Na ocasião, o parlamentar confirmou que seu partido apoiará a reeleição de Maia ao comando da Casa. Já à tarde, o partido bateu o martelo quanto à disputa pela sucessão de Eunício Oliveira (MDB-CE) no comando do Senado Federal. A sigla do presidente Jair Bolsonaro terá candidato próprio: o deputado federal e senador eleito Major Olímpio (PSL-SP), um dos congressistas mais próximos do novo chefe do Executivo federal.
Também estavam no encontro da manhã, com Rodrigo Maia, os deputados eleitos Delegado Waldir (PSL-GO) e Luis Miranda (DEM-DF). “Rodrigo Maia se comprometeu comigo a aprovar todas as reformas que fizemos no governo de Bolsonaro, o presidente quer que a presidência da Câmara seja de acordo com a pauta do governo eleito e isso ocorrerá”, disse o dirigente do PSL.
Na pauta da negociação, ficou pré-definido que o PSL vai presidir as comissões de Constituição e Justiça e a de Tributação da Câmara. De acordo com Luis Miranda, que convive com Maia há algum tempo e participou do governo de transição, o democrata mostrou compromisso com as reformas econômicas que nortearam a campanha de Bolsonaro.
Com a definição, o atual presidente da Câmara fortalece a sua campanha, já que, na nova legislatura, o PSL terá 52 deputados – a segunda maior bancada da Casa.
A eleição para o cargo será realizada apenas em fevereiro, quando os deputados e senadores eleitos tomarão posse em cerimônia a ser realizada no Congresso Nacional.
No último dia 1º, o presidente Jair Bolsonaro tomou posse. Já nesta terça-feira, seus emissários deram início às negociações. Ter uma presidência favorável ao seu governo será fundamental para o presidente, já que ele precisa do apoio do Parlamento para aprovar as reformas que pretende.
Senado Federal
Ao divulgar o lançamento de Major Olímpio à Presidência do Senado, o presidente do PSL, Luciano Bivar (RJ), afirmou que o senador eleito aceitou a proposta. “Ele me perguntou ‘é uma missão?’ e eu respondi que sim. Daí ele concordou”, detalhou.
Caso a candidatura de Olímpio realmente se concretize, ele será o terceiro pré-candidato ao pleito a ser realizado depois da posse dos novos deputados e senadores, no dia 1º de fevereiro. O ex-presidente do Senado Renan Calheiros (MDB-AL) e o tucano Tasso Jereissati (PSDB-CE) já manifestaram a intenção de disputar o cargo.
O PSL elegeu quatro senadores nas eleições de 2018. Outras siglas, como MDB, PT, PSDB e DEM, entre outras, têm bancadas maiores que o partido do presidente Jair Bolsonaro.
Montagem do governo
O partido de Maia foi o mais prestigiado por Bolsonaro na composição ministerial, com número superior de titulares até do que o próprio PSL. O DEM ficou com as pastas da Casa Civil, Agricultura e Saúde, que serão ocupadas pelos ministros Onyx Lorenzoni (RS), Tereza Cristina (MS) e Luiz Henrique Mandetta (MS), respectivamente.
O PSL recebeu a pasta do Turismo, a cargo do deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (MG).
Nas eleições 2018, o partido de Bolsonaro elegeu 52 deputados, número que os dirigentes da legenda esperam aumentar para 62 com a transferência de parlamentares de outras siglas a partir deste início de governo. (Colaboraram Larissa Rodrigues e Ian Ferraz)