Psicóloga fica à deriva em prancha ao tentar fugir da ilha de ricaço
Mulher disse que usou prancha para tentar sair da ilha da família Pintanguy depois de ter sido xingada por filho do cirurgião
atualizado
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A psicóloga Cristiane Correa Santa Catarina, de 53 anos, registrou um inusitado boletim de ocorrência contra Helcius Pitanguy, herdeiro do famoso cirurgião Ivo Pitanguy. Ela disse que, no último sábado (15/6), tentou sair da ilha do ricaço, em Angra dos Reis (RJ), após brigar com ele, mas acabou ficando à deriva sobre uma prancha stand-up.
Segundo Cristiane, Helcius a buscou em casa, na Barra da Tijuca, ainda na sexta-feira (14/6). Ela foi à ilha privativa da família, a Ilha dos Porcos, onde se reuniu com um grupo de amigas.
Na versão da psicóloga, depois que as amigas foram embora, o herdeiro teria proferido palavras de baixo calão contra ela, como “puta virgem”, durante uma refeição.
Decidida a ir embora, e sem a ajuda de supostos marinheiros de Pitanguy, Cristiane teria entrado no mar com uma prancha de stand-up e um remo. Um dos marinheiros teria tentado resgatá-la com uma lancha.
No entanto, Cristiane diz que pulou de volta no mar ao perceber que a lancha voltaria para a Ilha dos Porcos, a mando de Helcius.
Perdida no mar
Ainda no boletim de ocorrência, Cristiane relata que remou por cerca de uma hora e tentou chegar à Ilha Roberto Marinho, mas teria sido impedida por um homem ríspido, que portava uma lanterna.
“Começou a gritar pedindo ajuda, os cachorros latiram e veio um marinheiro que, com rispidez e lanterna focada em seu rosto, pediu que ela saísse e voltasse para Ilha do Pitanguy, onde seria resgatada”, diz trecho do boletim de ocorrência.
Por fim, Cristiane foi resgatada e levada ao posto dos pescadores. Ela foi colocada em um carro de aplicativo e recebeu uma transferência, via Pix, de R$ 400 para pagar a viagem. Isso tudo segundo a versão dela mesma para a polícia.
A psicóloga disse que tem uma amizade de cerca de 12 anos de Helcius Pitanguy, mas que nunca tinha sido tão maltratada. Ela representou criminalmente contra ele por injúria. O caso é investigado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.
O Metrópoles tenta contato com Cristiane e Helcius, mas não obteve resposta até a publicação da matéria. O espaço segue aberto.