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Protestos param metrô, aeroporto e vias da capital e interior de SP

Diversas categorias e centrais sindicais realizam paralisações e protestos contra as reformas da Previdência e trabalhista

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WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO
Manifestantes bloqueiam são paulo
1 de 1 Manifestantes bloqueiam são paulo - Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO

Bombeiros começaram por volta das 7h20 desta sexta-feira (28/4) o trabalho de desbloqueio das principais avenidas de São Paulo. Segundo o funcionário de um posto próximo ao local, os manifestantes colocaram fogo em pneus e em quatro caçambas de lixo às 6h. Diversas categorias e centrais sindicais realizam paralisações e protestos contra as reformas da Previdência e trabalhista. As matérias, propostas pelo presidente Michel Temer, estão em discussão na Câmara dos Deputados.

“Não teve confronto. Eles largaram os pneus e avisaram os motoristas que não dava mais para passar”, relatou o funcionário, que preferiu não se identificar. Policiais afirmam ter chegado ao local por volta das 6h20. Às 7h15, a pista foi liberada para o tráfego de veículos.

Manifestações ocorrem em outros locais da capital. Há registro de protestos na Marginal Tiete e na Avenida Ipiranga, na área central de São Paulo. A Rodovia Presidente Dutra tinha bloqueios em Guarulhos, na Grande São Paulo, e nas cidades paulistas de Caçapava, São José dos Campos e Taubaté, informou a concessionária CCR NovaDutra.

Metroviários
A greve dos metroviários prejudica a vida de trabalhadores que madrugaram nesta sexta no metrô Corinthians-Itaquera, na zona leste da capital paulista, na expectativa de o serviço de transporte funcionar.

Os portões não foram abertos às 4h30 como de costume, relataram os passageiros que aguardavam do lado de fora. Funcionários disseram que não há expectativa de funcionamento nesta sexta. A categoria decidiu aderir ao chamado dia de greve geral, organizado por centrais sindicais.

O técnico em logística, Daniel Soares, de 29 anos, chegou ao metrô Corinthians-Itaquera, na zona leste de São Paulo, às 4h30 da manhã, e encontrou os portões fechados. “A paralisação dificulta a chegada ao serviço, mas precisamos ter nossos direitos e a greve ocorrendo desta forma só dificulta a situação”, relatou. Soares trabalha nas proximidades da estação Villa-Lobos Jaguaré, na zona oeste de São Paulo, e gasta todos os dias 1h30 para chegar ao local de trabalho.

A bancária Fabiana Aparecida Cardoso, de 38 anos, trabalha no bairro do Limão, na zona norte da cidade. Ela chegou ao metrô Corinthians-Itaquera às 4h40 e encontrou tudo fechado. “Pra mim é um sacrifício grande porque não tem condução daqui até o bairro do Limão, a não ser o metrô”, contou. Ela disse que irá solicitar um Uber, aplicativo de transporte privado, para chegar ao local de trabalho.

Aeroviários
Manifestantes do Sindicato dos Aeroviários que estavam protestando dentro do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, seguiram por volta das 7h, em passeata pela Avenida Washington Luís. A via ficou parcialmente interditada.

O grupo seguirá até a sede do Sindicato para assembleia. De acordo com informações de funcionários das companhias aéreas, os protestos da manhã desta sexta-feira geraram atrasos na maioria das viagens. Pelo menos cinco voos da Latam haviam sido cancelados.

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