1 de 1 Ato em protesto pela morte do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, de 24 anos, que foi morto na segunda-feira (24/1), próximo a um quiosque na Barra da Tijuca
- Foto: Gustavo Moreno/Metrópoles
Rio de Janeiro – Um ato pela morte do congolês Moïse Kabagambe em frente ao quiosque Tropicália, onde ele foi morto a pauladas, na Barra da Tijuca, zona oeste da Cidade, reúne dezenas de pessoas em uma manifestação pacífica. Mais protestos ocorrem em cidades como Brasília e São Paulo, entre outras, para marcar o brutal assassinato no último dia 24 e lutar contra o racismo e a xenofobia.
Moïse trabalhava prestando serviço aos quiosques Tropicália e Biruta, que seguem interditados e serão transformados em memorial à cultura africana. Os quiosques passarão a ser administrados pela família do refugiado.
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O congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, de 24 anos, foi morto na segunda-feira (24/1), próximo a um quiosque na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro
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Para escapar da violência e da fome no Congo, Moïse se mudou para o Rio de Janeiro em fevereiro de 2011, quando ainda era criança. Três anos depois, a mãe também passou a viver na capital fluminense
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Moïse trabalhava como garçom, servindo mesas na praia, e recebia por diárias, em quiosque próximo ao Posto 8 da praia da Barra, na zona oeste da capital
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Moïse Kabagambe foi morto a pauladas, no final de janeiro, no quiosque onde trabalhava na Barra da Tijuca
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Imagens da câmera de segurança do estabelecimento mostram Moïse conversando com funcionários do quiosque. Em determinado momento, os ânimos se acirraram, e um dos homens pega um pedaço de madeira. Moïse tenta se defender com uma cadeira
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O homem que ameaçou Moïse deixou o local e, momentos depois, retornou com outras cinco pessoas, que amarraram os pés e as mãos do rapaz, e o espancaram até a morte
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Segundo testemunhas, o jovem foi agredido por, pelo menos, 15 minutos. Pedaços de madeira e um taco de beisebol foram usados para desferir os golpes contra ele. Policiais encontraram o corpo de Moïse, amarrado e já sem vida, em uma escada
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Familiares do congolês só souberam da morte quase 12h depois do crime, na terça-feira (25/1). O jovem foi enterrado no Cemitério de Irajá, na zona norte da cidade
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Os familiares também atribuem o crime ao racismo e à xenofobia, que é o preconceito contra estrangeiros. Além disso, eles denunciaram que, quando foram retirar o corpo do jovem no Instituto Médico-Legal (IML), a vítima estaria sem os órgãos
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Perícia realizada pelo IML indicou que Moïse tinha várias "áreas hemorrágicas de contusão" e também vestígios de broncoaspiração de sangue. Testemunhas afirmaram que a vítima implorou para que não o matassem
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Até o momento, oito pessoas já foram ouvidas por agentes da Polícia Civil. Segundo a família, cinco investigados estavam envolvidos no assassinato de Moïse
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Na terça-feira (1º/2), um dos funcionários do quiosque se apresentou na delegacia e confessou ser um dos agressores. Segundo ele, os suspeitos tentaram evitar que o trabalhador agredisse um idoso, mas ninguém devia salário para a vítima
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Em nota ao Metrópoles, a Polícia Civil afirma que periciou o local e analisou imagens de câmeras de segurança. As diligências estão em andamento para identificar os autores
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No Rio de Janeiro, amigos, parentes e representantes do movimento negro cobram respostas rápidas e contundentes da Justiça para o caso que chocou a comunidade africana e teve repercussão internacional. A motivação do crime é investigada por policiais da Delegacia de Homicídios da Capital.
Em Brasília, manifestantes reuniram-se no Palácio Itamaraty, na Esplanada dos Ministérios. Veja imagens:
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Protesto contra morte de congolês ocorre no Palácio Itamaraty, na Esplanada dos Ministérios
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Protesto em Brasília
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O congolês Moïse Kabagambe foi espancado e morto em frente ao quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca (RJ), em 24 de janeiro
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Justiça por Moïse
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Cerca de 300 pessoas reúnem-se no local em uma manifestação pacífica com discursos contra o racismo e a xenofobia
Identificados pelas câmeras de segurança do quiosque, três agressores flagrados estão presos e cumprem prisão provisória no Presídio José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte. A polícia, a princípio, os indiciou por homicídio duplamente qualificado.